segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sujos Factual-Segunda sem Tela Quente


Segundona braba. Qual seu programa para hoje à noite? Se você vai ficar em casa, e não tem TV por assinatura, nem internet de velocidade razoável, as opções ficam restritas.

Porém, o horário nobre de segunda-feira tem se transformado em mais um campo de batalha entre os grandes conglomerados de comunicação do país com a ascensão do programa Custe o que Custar, exibido pela rede de TV Bandeirantes. É inegável que o formato importado e de sucesso consolidado em outros países incomoda.

A trupe de Tas tem se destacado pelo humor ácido e pelas tiradas rápidas, principalmente quando relacionadas ao mundo das celebridades instantâneas. O talento da equipe vem do teatro. Todos trabalham com atividades paralelas, como stand up comedy.

Mas se você, leitor, fosse incumbido de classificar o programa, em que categoria ele seria enquadrado? Listo algumas opções:

a)comédia b)entretenimento c)jornalismo d)outros



Cada opção tem uma consequência direta no conteúdo, e é aí que mora o perigo. Faça um exercício de análise. Pense no quadro "Proteste Já", e classifique-o. Depois olhe para o restante do programa.

O quanto seria perigoso expor pessoas que teoricamente não tem o poder para resolver problemas burocráticos de prefeituras,instituições e orgãos públicos levando-se em conta que trata-se de um programa de humor travestido em jornalismo?

E ainda mais perigoso se torna quando analisamos os números. A audiência segue em uma curva crescente, segundo dados da folha.



Acesse o link aqui: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u405829.shtml

A proposta do post é apenas uma reflexão, sem qualquer tipo de preconceito ao programa. Será que eles estão jogando limpo?

Marc Balender

sábado, 28 de novembro de 2009

Cultura Suja - Cigarro: Ame-o ou Deixe-o


O hábito de fumar é cada vez mais condenado em nossa sociedade, um resultado de anos e anos de propagandas e pesquisas a respeito dos malefícios causados pelo tabaco. Apesar disso, o ritual do fumo parece resistir bravamente. Ainda hoje se vê adolescentes experimentando o primeiro cigarro e de repente adicionando o vício às suas vidas incompletas.

Que fumante da geração saúde não se inspirou em gerações passadas na hora de começar ou desistir de parar de fumar? Que fumante de hoje não ignorou o bombardeio do Ministério da Saúde ou da mídia? Para alguns ainda vale a pena, mesmo com as leis restritivas e o repúdio da sociedade.

O cigarro é tão demonizado atualmente que quando surge um novo fumante, o círculo social que o acompanha passa a vê-lo como má-influência. Menininhas ficam horrorizadas quando te vêem, pessoas viram a cara diante do seu “desvio de caráter”. Não existe paz para o fumante atualmente.

Esta só existiu para James Dean, Sid Vicious, Elizabeth Taylor, Paul McCartney e outros propagadores ambulantes do careto.

O objetivo desta matéria não é embelezar ou demonizar a imagem do cigarro. Apenas queremos refletir a respeito da realidade da questão. Faz mal à saúde física, mental e social? Sim. É um vício extremamente difícil de largar? Sim. Dá prazer? Sim. Te deixa pobre? Sim. Eu vou parar de fumar? Sim. Porém voltarei em 2012 já que o mundo vai acabar. Nada como morrer fumando.

Lilly Rose

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sujos Factual-Pra quem não viu de perto a campanha de Fernando Gabeira


Moro no Rio há dois anos e meio mas ainda voto em Santos Dumont, e não pretendo deixar de cumprir a minha obrigação eleitoral na meu lar doce, às vezes amargo lar. Só que em 2008 no Rio de Janeiro tive a minha melhor experiência política a campanha do jornalista Fernando Gabeira, que perdeu a eleição para Eduardo Paes.

A campanha de Gabeira, embora derrotada, deu ao Brasil a chance de provar uma nova política. Um mandato livre de comprometimentos, um prefeito com autonomia para decidir pura e simplesmente pelo bom-senso, um prefeito que não precisaria pesar compromissos com essa e aquela empresa, com estes ou aqueles aliados.

No início da disputa eleitoral carioca, os nomes mais fortes eram o Bispo Marcelo Crivela, a médica Jandira Fegali e o atual prefeito Eduardo Paes. Gabeira era mais um entre candidatos a sequer beliscarem os cinco por cento no primeiro turno.

Com o início das pesquisas Gabeira superava os outros candidatos menores, mas não se aproximava das principais intenções de voto.

Um fator decisivo nas urnas cariocas foi a rejeição. Por exemplo, o bispo Crivela era o nome mais forte nas pesquisas, mas era dele também o maior índice de rejeição. Jandira Fegalli também desagradava a muita gente. Resultado o simpático rapaz Eduardo Paes apoiado pelo governador do estado Sérgio Cabral e posteriormente com a queda de Crivella pelo Presidente Lula foi para o segundo turno.

Com uma campanha impecável passou segurança para seu eleitorado, com fala mansa e discurso de quem pega no batente pelo povo. A surpresa, viria Crivella que pela rejeição aos outros candidatos acabou sendo o escolhido. Porém, o crescimento de Gabeira não foi o suficiente, alguns fatores foram determinantes para a queda do candidato do PV: a oposição ligar a imagem de Gabeira como ativista pela legalização das drogas, homossexualismo; o debate televisivo em que Paes levou a melhor e um feriado adiantado por Sérgio Cabral, que fez com que boa parte da população da Zona Sul, eleitorado de Gabeira viajasse e não fosse votar.

Independente do que houve na corrida eleitoral, o que havia de diferencial na forma que foi feita a campanha de Gabeira é que por não haver verbas de grandes empresas financiando a campanha, não haveria a quem compensar.

Por não haver grandes alianças, ou melhor, nós políticos, não haveria grande interferência na distribuição das secretarias. O prefeito teria em suas mãos o poder quase absoluto sobre a cidade, a julgar pelo bom senso de Gabeira, poderíamos esperar um mandato de mudanças significativas.

A chance de uma política sem politicagem isso significaria a prefeitura nas mãos de Gabeira. Todos, depois que Sartre a definiu, entendemos como a Engrenagem funciona: Não há boas intenções que sobrevivam aos compromissos maiores que são necessários para alcançar o poder.

Vejam, isso não é um problema do Brasil, Mr. Obama faz um governo muito distante das expectativas que nele o mundo depositou. Que Obama seja uma boa pessoa não há quem duvide, mas o governo de Obama não são as vontades de Obama.

O Rio teve a chance de dar um governo autônomo e a desperdiçou, mas a mim, isso encheu de esperança que há solução para a minha amada e odiada política.


João Ninguém

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Contos Sujos - Amigão - Parte 3


Se você não está acompanhando este conto, as duas partes estão longo aqui em baixo. Se está acompanhando, manda bala na última parte!

Não havia clima de festa. Todos estavam com cara de enterro. A música não agradava. A bebida estava quente. Os salgados duros e salgados. Mas David insistia em fazer com que o evento fosse um sucesso, falando e falando das suas conquistas e de seus feitos. Alguns o rodeavam, e batiam palminhas a cada história. Outros olhavam desconfiados. E os que não estavam em nenhum dos dois grupos, mantinham uma cara tão amarrada que chegava a assustar.

Entre eles estava Marc, furioso com a situação. Olhando para a cena que se desenrolava no centro da sala, ele tinha náuseas. Por um momento seu olhar se cruzou com o do gordo que havia questionado o porque daquela festa. Tentou ignorar, mas percebeu que o sujeito fazia gestos. Queria levar um lero particular com ele. Marc, apesar de reticente, se dirigiu a cozinha, onde não havia ninguém. O gordo foi atrás, e chegou pouco depois. De costas para o sujeito, tentando achar algo na geladeira que estivesse gelado, escutou o que ele tinha a dizer:

-sei que você não gosta dele - disse o homem.

Marc se fez de desentendido, e respondeu.

-do que você está falando?

O gordo foi duro nas palavras, como se falasse com confiança:

-sei que não gosta do pavão. Já percebi, não precisa disfarçar – Marc já havia se virado e estava de frente para o homem, agora tomando uma cerveja. Ela estava quente. – essa festa não foi idéia sua.

-não foi... e isso com certeza não é uma festa – a resposta de Marc veio rasteira.

O gordo continuou insinuando:

-podemos transformar isso numa festa de verdade. Tenho uma coisa aqui que faz freira virar boneca – enquanto falava, retirou de dentro do bolso da calça um vidro com um líquido escuro – basta uma gotinha, que a coisa esquenta. Vou colocar isso no copo do pavão. Você acha que pode dar merda?

-não consigo imaginar uma merda maior do que essa cerveja quente...

Foi o sinal que o gordo precisava. Da mesma forma que saiu, voltou para a sala. Sem que ninguém reparasse, posicionou-se na frente do copo de David e pingou o líquido, que desceu generosamente pela garganta do dono da casa. Em poucos instantes ele já dançava em cima da mesa, semi-nu, como um gôgo-boy. Sua cueca tinha um alvo na bunda.
Marc viu a cena de longe. Cruzou mais um olhar com o gordo e pensou:

“tenho que arranjar um gato novo com muita urgência"

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Contos Sujos-Amigão-Parte 2


Para quem está acompanhando esta é a segunda parte de mais um conto. Para quem não está, a primeira parte está logo aqui em baixo.

Marc foi direto para sua mesa. Tinha muita coisa para terminar antes que o dia chegasse ao fim. Pouco depois o pavão veio andando, ou melhor, flutuando pelo escritório. Com um leve movimento de mão, pediu a atenção de todos. Queria dizer algo. E em poucos instantes desenrolou:

-meus amigos, um minuto da atenção de vocês, por favor – deu um pulinho para cada um dos lados

Marc olhou em baixo de sua mesa. Tentou ver se encontrava uma pistola. Não achou nada, como esperava. Queria poder dar um tiro na cabeça do sujeito. O galináceo continuava:

-eu, quero convidar vocês – fazia gestos apontando para todos enquanto falava – para uma festinha lá em casa. Ninguém pode faltar. Vocês sabem onde é. Espero todos logo após o fim do trabalho.

Um sujeito gordo e de bigode, posicionado em uma mesa no fundo do escritório indagou David:

-mas vamos nos reunir por que?

David fez biquinho. Todos foram ao delírio. Ele respondeu pulando e girando:

-é que quero levantar o astral de alguns amigos do escritório. Temos que estar felizes não é? Somos companheiros de trabalho gente! Estamos juntos nessa!

Falou toda a última frase olhando diretamente para Marc. Já Marc tentou achar algo em sua mesa que servisse para jogar no infeliz. Só achou relatórios e mais relatórios. Ao mesmo tempo pensou em como faria para escapar daquela fria. Porém, o pior ainda estava por vir. David finalizou:

-a gente, só mais um detalhe. A idéia da festinha foi do Marc. Ele não é um cara bacana? Trabalha tanto e ainda pensa em todos nós! Vamos dar Upa para o Marc!

Enquanto alguns davam tapinhas nas costas de Marc, e outros o olhavam com olhar de reprovação, seu rosto ficava vermelho. Estava tão furioso que poderia quebrar David ali mesmo. Porém, preferiu ter uma conversa em particular mais tarde.

Continua...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Contos Sujos-Amigão-Parte 1


A birra de Marc com o mundo havia tomado proporções catastróficas. Depois da morte de seu gato, ele passou a não falar com mais ninguém. No escritório se limitava a dizer sim ou não para cada uma das coisas que lhe eram propostas. Cada dia tinha se tornado ainda mais difícil de ser vivido. Já não aguentava mais aquele lugar, muito menos as pessoas que todos os dias era obrigado a ver.

Cada dia que passava, David, seu "companheiro" de trabalho se parecia mais com um pavão. Chegava todos os dias mostrando suas plumas coloridas. Explanava sobre os mais diversos assuntos de forma precisa. Ignorava opiniões contrárias. Incidia, mandava e negligenciava. Enquanto isso, Marc acumulava não só o seu trabalho. Tinha que dar conta de tudo que David deixava passar de forma sutil, e ao mesmo tempo encantadora.

A hora do café no escritório era o maior dos martírios. Todos tinham algum tipo de papo babaca e corporativo. David dava seu show. E Marc, por mais que colocasse açúcar no café, sentia que ele descia amargo. Certo dia, esbarraram-se na saída da cozinha. Não costumavam trocar palavras, mas naquele dia David travou a entrada da porta, por onde Marc, de cabeça baixa, pretendia passar. Ele queria conversar:

-Marc, está acontencendo algo?

A resposta de Marc demorou cerca de 5 segundos. Pensou em não dizer nada e simplesmente dar um cacete naquele babaca. Mas se conteve:

-não.

David retrucou:

-vejo que você não está falando muito pouco, está sempre quieto... posso ajudar?

-não... – foi uma resposta curta

David pareceu não entender e insistiu:

-Como assim não, Marc?

Depois de muito tempo sem formular uma frase completa, Marc precisou se esforçar para encerrar o assunto. Disse procurando as palavras:

-é... tenho mui-to traba-lho ... –balbuciou as sílabas...

Marc abaixou a cabeça, foi em direção a porta, e forçou a passagem, praticamente dando um tranco em David.

continua...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Música Suja - Muddy Waters


Forte influência de importantes bandas que fizeram a história do rock como Rolling Stones e Led Zeppelin. Elogiado por B.B. King. Legítimo Bluesman. Muddy Waters é um dos principais representantes do blues americano, mais especificamente da cena musical de Chicago.

Gravou faixas de Willie Dixon, e foi o idealizador do projeto Chicago Blues, banda composta pelos principais nomes do estilo musical da cidade americana. A inclusão da gaita de Little Walter foi uma de suas grandes sacadas. Seu som se tornou ainda mais encorpado e característico.

Muddy Waters conseguiu também o primeiro contrato para Chuck Berry, consolidando-se como uma figura popular entre os músicos negros americanos. Ficam aqui duas boas pedidas do "águas lamacentas":

Mannish Boy


Hoochie Coochie Man

Discografia:

1941 - Stovall's Plantation
1941 - First Recording Sessions 1941-1946
1948 - I can't be satisfied
1950 - Rolling Stone
1953 - Baby Please don't go
1954 - (I'm Your) Hoochie Coochie Man
1955 - Mannish Boy
1956 - Got My Mojo Working
1956 - Louisiana Blues
1956 - Mississippi Blues
1960 - At Newport
1960 - Muddy Watersy sings Big Bill Broonzy
1963 - Folk Festival of the Blues
1964 - The best of Muddy Waters
1964 - Folk Singer
1964 - Muddy Waters
1965 - Live Recordings 1965-1973
1965 - Muddy Waters with Little Walter
1965 - The Real Folk Blues
1966 - Down on Stovall's Plantation
1966 - Muddy Waters: The Blues Man
1966 - Muddy, Brass and Blues
1967 - Blues from Big Bill's Copacabana
1967 - Muddy Brass & the Blues
1967 - More Real Folk Blues
1967 - Super Blues (Muddy Waters, Bo Diddley, Little Walter)
1967 - The Super Super Blues Band (Muddy Waters, Bo Diddley, Howlin' Wolf)
1968 - Electric Mud
1969 - After the Rain
1969 - Fathers and Sons
1969 - Sail on
1970 - Vintage Mud
1970 - Back in the Good Old Days
1970 - Good News
1970 - Goin'Home: Live in Paris 1970
1970 - They call me Muddy Waters [I]
1971 - They call me Muddy Waters [II]
1971 - Live at Mister Kelly's

Fonte: wikipedia

Marc Balender

domingo, 22 de novembro de 2009

Cultura Suja - Dan Brown


Esta semana, um renomado site inglês publicou uma lista com os melhores e os piores livros da década. No topo da lista, um dos livros mais vendidos nos últimos anos: O Código Da Vinci, de Dan Brown.

A análise feita pelo portal menciona a superficialidade do texto do autor norte- americano, que conduz sua obra como um blockbuster hollywodiano, que em certos aspectos perde a conexão com a realidade.

Porém, ao que parece a análise é muito mais uma birra contra um autor que conseguiu ser bem sucedido em sua carreira, do que propriamente pelo seu texto. Para quem teve a oportunidade de conhecer a obra do autor, sabe que seu texto não traz qualquer tipo de lição moral. A intenção não é essa.

Seu texto está sim muito mais ligado ao plano da ficção da indústria cinematográfica americana, do que a literatura erudita, o que em momento algum desmerece o talento do escritor.

Seu mérito é adaptar sua arte como um produto consumível, sem perda de qualidade de conteúdo, ao contrário do que acontece em grande parte do que é produzido para as telonas e para a TV por exemplo. Faz parte do seu estilo ser rápido, coeso e superficial no que diz questão a linguagem. Faz parte da estética com o qual suas obras foram construídas e absorvidas por milhões em todo o mundo.

Além disso, o cuidado na pesquisa é outro ponto a seu favor. Suas obras começam com notas, dizendo o tempo de duração da pesquisa, as pessoas entrevistadas e as tecnologias descritas que realmente existem.

Desmerecer o trabalho de Dan, é cair na máxima de que todo best seller é uma merda. É claro que Paulos Coelhos existem em todo lugar, mas não é o caso.

Dan pode ser pop. Qual o problema? Salvador Dali também era. E Bob Dylan ainda é.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sujos Factual - Há conserto para titia Dilma?


Marketeiro político nunca foi digno de pena só que dessa vez juro que quando penso na missão de alguns deles para as eleições do ano que vem, eu tenho me comovido com as frustradas tentativas das pobres almas.

Na missão impossível quem estrela não é Tom Cruise e sim nosso Mr. Simpatia, Presidente Lula, a história é toda meio maluca e sem explicação. Mas os senhores mágicos marketeiros precisam transferir a simpatia de Lula para a carrancuda Ministra da Casa Civil, Ministra Dilma Rousseff.

Após pressionada a Ministra foi obrigada a comparecer a uma dessas tantas CPI’s, terreno inimigo, não conseguiu escapar da CPI mas se safou com maestria das palavras venenosas e perguntas ferozes. Não bastasse escapar, ganhou para si uma áurea de mulher aguerrida, forte, sem medo dos urubus do congresso nacional.

E o partido dos trabalhadores, viu nessa imagem de durona a possibilidade de uma sucessora ao carismático operário que rege este país.

Grandessíssimo erro, a idéia de construir essa imagem de guerreira esbarrou na antipática presença da ministra. Além de uma mulher feia, não é capaz de um sorriso que contagie em seus palanques, não é sequer boa oradora.

Nesse momento outro fato político tiraria mais holofotes de Dilma, a saída da Ministra do Meio Ambiente Marina Silva – já cansada de perder a queda de braço para os ruralistas – revoltou-se com os caminhos que o PT havia tomado nos últimos anos. E, numa saída digna, pela porta da frente, os petistas descobriram e ao mesmo tempo viram partir a sucessora mais indicada a Lula. Mas não há volta, o que faz Marina forte é ter deixado o partido em grande estilo.

Nesse ínterim, como só restava mesmo Dilma para a sucessão e não há mais tempo para mudanças os marketeiros penam em sua mais complicada missão, dar outra cara à ela. A primeira tentativa - sem vergonha, diga-se de passagem – é transformar um pequeno carocinho nos seios em câncer grave superado: Mulher de fibra, força e superação, nada feito. Não deu certo e então tentaram vende-la como mãe do PAC. E nem o alvo dessa historinha da carochinha, o publico de menor renda beneficiado pelo programa engoliram essa piada de mau gosto.

No governo do analfabeto tantas vezes se ouve desclassificar os diplomados, que universidade não diz nada, que o maior pecado do ex-presidente é ser um estudioso, e etc., o próximo passo para vender Dilma seria construir imagem de mulher letrada graduada e pós-graduada, mas logo após espalhada essa imagem, descobre-se que a Ministra não detinha qualquer pós-graduação, coisa feia, mentir na cara dura, marketeiros? Não se faz! Ministra Rambo, Mãe do PAC, Mulher das Letras, nada funciona, e por fora a candidatura de Marina pelo PV cresce na rejeição de Dilma e também de na rejeição de Serra.

E o golpe desesperado dos marketeiros do governo está prestes a acontecer, com os riscos que o excêntrico Minc causa, em breve poderá ser dispensado do Ministério. E quem virá substituí-lo? Ministra Dilma Rousseff... Será que as pessoas engolirão melhor? Ministra do Meio Ambiente Dilma Rousseff? Questão ecológica na moda, ministra da responsabilidade social? Hahaha é de se rir.

O que Dilma não tem nem com o tempo que Lula esperou pra chegar ao governo alguém consegue consertar Dilma. Meus amigos , a nós eles não enganam, mas será que alguém levara essa piada ambulante a sério nas eleições ? Se esse marketeiros, forem capazes, eu juro que desisto da política. Cadê os ideais? Cadê os discursos ideológicos? Ganha a melhor propaganda? Espero que nosso semi-analfabeto povo tenha evoluído.

João Ninguém

Contos Sujos-Bronha Caseira-Parte 3


Se você não está acompanhando, as duas partes estão logo aqui em baixo. Se está, manda bala no fim de mais um conto sujo!

Não demorou muito para que as últimas peças de roupa deixassem o corpo de Mariem. O Sutiã suspendia os fartos seios deixando-os incrivelmente empinados. O último gole na cerveja desceu junto com a calcinha. Todas as curvas da mulher agora estavam à mostra. Ela continuava seu movimento, como se soubesse que alguém a observava.

Frank fazia movimentos cada vez mais rápidos. Suava, e parava ofegante. Recomeçava. Observa fixamente, sem qualquer tipo de pudor. Apesar da pouca luz, tinha noção que alguém poderia ver o que ele estava fazendo. Foi exatamente o que aconteceu.
Mariem caminhou até a janela, e fez algo que nunca tinha feito antes. Abriu a janela de vidro do seu quarto e se escorou nua no párapeito, observando a rua.

O vento soprava frio pelo beco que separava os dois prédios. Frank nunca tinha tido uma visão tão perfeita da mulher. Conseguia enxergar tudo. O movimento atingiu uma velocidade ainda mais rápida que o normal. Deu uma última olhada para a mulher. Fechou os olhos. Um espasmo. Sem perceber, havia sujado toda parede de seu apartamento. O líquido ejaculado descia formando um borrão. Quando abriu os olhos, procurou Mariem. Ela não estava mais lá.

Por um momento não achou aquilo um bom sinal. Foi até o banheiro e se limpou. Procurou ali mesmo um pano para limpar a cagada que havia feito. Achou apenas papel higiênico. Pensou: - que porra! – sem seguida, deu uma risada com o sentido que a frase havia tomado. Enquanto fazia o trajeto de volta para a sala, uma supresa. A campainha tocava apressada. Blasfemou contra a situação:

-como alguém vai entrar aqui, e ver essa merda na parede!

Reticente, resolveu atender. Quando abriu a porta, levou um susto. Era Mariem, apenas de roupão. Frank babujou algo. Mas foi Mariem, que tomou as rédeas da conversa:

-vi o que você estava fazendo.

Frank, respondeu constrangido, tentando disfarçar:

-eu não estava fazendo nada...

Ela respondeu:

-entendi. Então quer dizer que você não tem tesão em mim, certo?

-nunca a vi antes... – a mentira estava na cara dele.

Mariem abriu seu roupão deixando seu corpo à mostra para Frank, enquanto finalizava a conversa:

-tudo bem então, já que não faz diferença pra você, amanhã quando chegar do trabalho a cortina estará fechada e você não vai mais ver isso aqui – disse as últimas palavras fechando o roupão, e se virando para descer a escadaria.

Frank, não entendeu nada. Fechou a porta, e começou a limpar a merda que já começava a grudar na parede. Depois disso, foi para o banheiro e pensou em Mariem. Ali, o estrago seria bem menor.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Contos Sujos-Bronha Caseira-Parte 2


Se você não está acompanhando, a primeira parte deste conto estáaqui em baixo. Se está, manda bala na segunda!

A diferença na distância do trajeto dos dois fazia com que eles praticamente chegassem juntos em casa. Apesar de Frank e Mariem morarem na mesma rua, e nos mesmos prédios há alguns anos, eles não se conheciam. Ou pelo menos era nisso que Frank acreditava. Não foi diferente neste dia. Já com a noite caindo em Big City, Frank saltou no ponto quase em frente ao seu prédio.

Deu passadas largas e subiu apressado. Conferiu rapidamente se tinha alguma correspondência em seu nome. Como de costume, não havia nada. Entrou, jogou o material da faculdade na poltrona da sala e foi ao banheiro, tomar uma rápida chuveirada. Estava tenso, pois sabia que tinha pouco tempo. Enquanto terminava de se enxugar, Mariem já subia as escadas de seu prédio.

Os sapatos lhe incomodavam. Chegou ao seu andar e abriu a porta, e com um movimento de cada perna, tirou os sapatos. Colocou uma música para tocar. Enquanto deslizava em direção ao seu quarto, estourava uma cerveja. Sua caminhada era quase que uma dança. Ao chegar no quarto, desabotoou a blusa, botão por botão. Mãos leves. Movimentos calculados. A peça já estava no chão.

A saia, era típica de secretária, e com apenas um gesto o zíper desceu até o talo. Seu corpo ia de um lado ao outro, enquanto sua roupa chegava ao chão. A cerveja já caminhava para o fim, enquanto Mariem continuava a dançar. Na janela do prédio de cima, Frank acompanhava tudo. Chegou a tempo de ver a saia descendo, e ao mesmo tempo jogou suas calças no chão. As curvas de Mariem já faziam parte do dia dele. Odiava sábados e domingos em que ela não trabalhava.

Enfiou a mão em sua cueca, e sentiu seu pênis se encher de sangue. O movimento começou lento, aumentando a intensidade de acordo com o movimento do corpo da mulher. Pra lá, pra cá. Ele acompanhava.Para cima, para baixo, ele ia junto. Ali, onde estava, esparava que a escuridão da noite que já havia caído na cidade fosse sua maior amiga.


continua...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Contos Sujos-Bronha Caseira-Parte 1


Apesar de frio, a janela sempre ficava aberta. No 5º andar de um velho apartamento no centro de Big City, Frank Defrau tinha um ritual diário. Depois de enfrentar o dia em meios as aulas do curso de medicina, sua mente estava esgotada. Não tinha a menor aptidão para aquilo. Dentro da sala de aula não entendia nada que os doutores diziam. Confundia os nomes de canais que irrigavam o cérebro, com veias que iam direto para o ânus. Durante as aulas onde cirurgias eram simuladas, passava mal. Gorfava, fazia cara feia. Com os instrumentos era uma completa negação.

A única coisa em que conseguia pensar era no fim da aula. Quando o relógio badalava as cinco da tarde, comemorava colocando um sorriso malicioso no rosto. Ia correndo para o ponto de ônibus pegar a primeira condução rumo ao centro. Seus minutos sempre pareciam contados. Cada segundo de atraso era convertido em nervosismo e ansiedade. Durante o trajeto de quase uma hora, suas mãos formigavam.

Enquanto o ônibus rodava em direção a cidade, Marie caminhava cumprindo o mesmo trajeto de todos os dias. Passava no mercado. Compras rápidas. Cerveja, pão e leite. Talvez algo para comer. Na tabacaria comprava um cigarro, preferencialmente de filtro vermelho e algumas caixas de chiclets. Fazia questão de passar sempre nos dois lugares, mesmo que conseguisse comprar tudo em apenas um.

A loira, de cabelos curtos chamava a atenção. Com 35 anos, era uma mulher com poder de sedução incrível. O traje formal não conseguia esconder as curvas de seu corpo. Ela já havia perdido as contas de quantas vezes havia escutado alguma gracinha dos atendentes. Seu apartamento ficava exatamente atrás do de Frank, porém um andar a baixo.

Mesmo com o frio, preferia a caminhada para chegar em casa. Tinha um prazer especial em chamar a atenção.

Continua...

domingo, 15 de novembro de 2009

Sujos Factual - Repass


O ambiente não importa. Pode ser uma escola, uma grande indústria ou um esritório da filial de serviços japoneses de massagens terapêuticas (sem desmerecer o serviço). Surge um problema. O problema é colocado para o setor responsável e.... ninguém aparece para resolver. O porque disso acontecer? Explico.

Repass é a arte de negligenciar de forma elegante e casual, maroto, aquela olhadinha seguida de uma piscadinha, aquela rebolada que rala em você. Em resumo é a merda sendo jogada diretamente no seu ventilador.

No repass, o sujeito A fingi não perceber, não ver, não enxergar, cagar, se danar para o problema. Como? Não é com ele. Não é “função” dele resolver. Mas isso não é dito, não é falado, não é explícito.

Conclusão desse papo furado: quem se fode é você, que pega e resolve. Que mete a mão na merda (literalmente), amassa, sente a textura e dá o aval: esta bosta tá resolvida. O repass é um tipo de relação parasitária, que se aloja no seio da sociedade. O combate desta prática normalmente é prejudicial para quem a sofre. O terreno fértil para que ela se desenvolva é justamente a competência de um ser A, que resolve, contra a ambição de um ser B, que escolhe.

Mas não fique com medo, caso você esteja sendo vítima do repass. Darwin elaborou a teoria da seleção natural. Sobrevivem apenas os mais fortes.

Marc Balender

sábado, 14 de novembro de 2009

Sujos Factual-Fenômeno McCandless


Quem é que viu o filme “Na Natureza Selvagem” e não teve aquela sensação de ter vivido o sentimento de insatisfação de Chris McCandless? Problemas na família, no trabalho ou qualquer outra coisa do cotidiano nos levam casualmente a fugir de nossas realidades e questionar o sentido de nossas vidas. Alguns preferem se embebedar ou se aprofundar no consumo de drogas ilícitas, mas Chris adotou o sentido mais literal da palavra “fuga”.

Com a mochila nas costas e pouco dinheiro saiu em viagem por tempo indeterminado através das mais diversas paisagens estadunidenses e com toda aquela rebeldia “não gosto dos meus pais porque eles não se gostam”.
Tudo o que um adolescente sonha em fazer mas acaba não fazendo, terminando por jogar seu ideal na lixeira. Seja como for, é uma boa indicação para você assistir ou ler, já que o filme foi baseado no livro homônimo de John Krakauer. Ao fazer isso, você provavelmente irá refletir sobre o sentido da existência, ou então sobre a existência sem sentido.

Lilly Rose

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sujos Factual - Frases da Semana


I - “Essa gente cansa minha beleza” – José Serra, provável candidato a presidência, respondendo as provocações de seu concorrente a candidatura Aécio Neves pela Direita. Serra fez essa declaração ao partir para uma viagem ao exterior.
(FONTE: Jornal O Globo)

Com essa atitude ele quer ser presidente? Toda vez que houver críticas ele vai pegar o jatinho presidencial e passear por aí?

II - “Um país governado por um analfabeto vai terminar realizando o governo que mais investiu em educação. Vamos terminar nosso governo com 14 novas universidades federais. Fizemos uma vez e meia o que eles não fizeram em um século” Lula, ao rebater artigo de FHC.

MAS,

“Tem muita gente que acha que a inteligência está ligada à universidade. Isso é burro. A universidade não dá nada disso.” O mesmo Lula respondendo à polêmica com Caetano Veloso.

Então pra que valem às universidades? Números de um discurso, concordam?

João Ninguém

Sujos Factual - A incapacidade de se adaptar PSDBista


Nunca na história desse país se foi tão fácil governar. Desde sua eleição o presidente Lula manda e desmanda no Brasil sem muita dificuldade, não que seja mau isso. O que há para se encucar é a facilidade com que isso se dá. Por mais forte que se apresente a base governista, a força do Governo está na oposição.

Parece que a direita da política brasileira nunca considerou a possibilidade de perder o poder para o “Metalúrgico Analfabeto”. Foram tantos os reveses de Lula que a Direita parece jamais ter se imaginado como um dia como opositora do governo. E, então vemos a oposição sem veemência no protestar, as reivindicações são sempre um discurso de “como se fazer”. Porém, ensinar a um governo populista como se governar o país é expor-se a linchação em praça pública.

Por mais prós que possa se atribuir ao governo lulista há muita coisa para se combater, mas a ineficiência da nossa atual oposição deixa o caminho aberto para quem age às escuras em meio a popularidade do governo. Sem saber como se opor ao Operário, o PSDB e os aliados deixam política brasileira manca.

O debate político entre direita e esquerda é o que equilibra o país em suas caminhadas. Só que na inversão dos papéis, os pés surrados dos petistas se acomodaram fácil ao sapato luxuoso que é governar, enquanto os pés delicados da direita pisam descalço nas pedras e espinhos que nunca souberam existir no País. E, se não mudar algo em breve os passos mancos vão derrubar todos de uma vez só.


João Ninguém

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Contos Sujos-Tesão Reprimido-Parte 3


Depois de terminado o show, Suzan voltou a trajar a farda policial. Foi ao camarim rapidamente e retocou sua maquiagem. Tinha que ir para o salão para trabalhar nos drinks,porém, antes disso, tinha outra coisa a fazer.

Saiu do camarim com passos suaves. Enquanto atravessava o salão, recebeu olhares fulminantes de todo o bar. É claro que aquela altura, qualquer um trocaria milhares de dólares por 10 ou 15 minutos com Suzan. Mas ninguém arriscava uma palavra. O medo de levar uma surra de Billy Boy era tão evidente quanto o tesão espalhado pelas mesas.

Marc notou que o olhar de Suzan continuava indo em sua direção, e sua trajetória se acentuava, indo em sua de encontro a ele. Só a hipótese de que ela viria trocar três ou quatro palavras já era convidativa. Paralelamente a isso, tinha espasmos quando pensava em Billy Boy indo diretamente contra seu corpo.

Suzan aproximou-se, e recostou-se logo ao lado de Marc, apoiada no balcão. Marc tentou ignorar, mesmo sabendo que era impossível. A moça dirigiu-se a Big Mass, que estava no bar:

-Mass, um whisky Cowboy por favor...

Marc olhou de rabo de olho. Já ela olhou sem qualquer pudor para Marc.

-Um não Mass, traga dois por favor...

Big Mass fechou a cara. Logo em seguida perguntou. Ele já desconfiara para quem era a bebida:

-Suzan, não beba muito em serviço, você conhece as regras.

Suzan respondeu conscientemente:

-conheço sim Mass. Esta bebida não é pra mim. É para este cavalheiro aqui do meu lado.

Marc arregalou os olhos e pensou em Billy Boy. Big Mass passou a mão no taco com gosto, e espumando novamente perguntou:

-isso é algum tipo de brincadeira? Se esse cara ta querendo meter a mão em você eu vou descer o cacete nele!

Suzan novamente respondeu com desdém:

-as regras são bem claras Mass... se ele quiser 10 minutos comigo, você bate com o taco de baseball nele...

Mass respondeu de bate-pronto:

-então eu vou comer esse palhaço no cacete agora!

Com dois movimentos Suzan controlou a situação. Uma de suas mãos impediu Mass de começar a pancadaria, e com a outra começou a apalpar as pernas de Marc. Depois de ter a situação sob controle recomeçou:

-Mass, as regras são claras. Se ele quer um programa comigo, e me oferecer dinheiro você bate nele – um gole no copo de whisky e uma pausa rápida – mas neste caso eu é que vou pagar... sou eu que quero esse cara.

Mass não soube o que dizer. Porém pegou Billy Boy e deu uma porrada num latão velho que estava em baixo do balcão. Seu olhar apenas denunciou. Não poderia fazer nada nesse caso. Terminado o copo, o casal saiu do bar, e rodou a mais de sem por hora pelas ruas de Big City. Naquela noite, as únicas palavras de Marc foram:

-meu deus...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Contos Sujos-Tesão Reprimido-Parte 2


Para quem está acompanhando mais este conto sujo, aqui está a segunda parte. Manda bala. Para que não está acompanhando, a primeira parte está logo aqui em baixo.

Quando Marc Renoaux tocou o salão do Sanders, não sentiu um bom presentimento. A casa estava cheia de mais. O único lugar onde era possível ficar era encostado no balcão. E foi o que Marc fez. Reconstou-se no balcão e pediu um drink. O garçon foi ágil e rapidamente a bola de fogo dentro do copo já descia pela garganta.

O calor esquentou o corpo de Marc. Ele sempre desconfiara que naqueles drinks, alguma substância era adicionada para deixar cada cliente pegando fogo. Quando chegou a metade do copo, percebeu que já estava um pouco alterado.

Junto com a ligeira sensação de embriaguez, outro fator alterou seus sentidos. Ao se virar para o centro do bar, onde as dançarinas faziam as perfomances, viu a figura que se preparava para iniciar o show. Era impossível não reconhecer aquele olhar, nem aquele rebolado. Trajando uma farda policial, e com um blues de Buddy Guy ao fundo, Suzan começava seu show descendo e subindo pelo mastro no meio do palco.

Suas pernas se abriam, e se fechavam em um movimento desordenado, e incrivelmente sexy. As contrações em sua bariga e em suas pernas alertavam os espectadores para o que viria por aí. A curta saia deixava quase tudo a mostra. Em um movimento rápido, Suzan cruzara toda a pista, indo de encontro a platéia, rasgando a parte de cima da farda. Seus fartos seios agora estavam nus e perfeitamente delineados.

Com outro rápido movimento, ela atinge uma das bordas do palco enquanto lentamente desfaz o laço de sua saia. O rebolado continua em um ritmo regular e incessante, enquanto a peça cai despretensiosamente. O público em êxtase clama por mais. E Suzan provoca. Faz que tira a calcinha, e nada. Vai até chão, e nada. Até que com um salto ela atinge o palco principal, acima da plateia.

Com um único movimento, sua última peça de roupa desce chegando ao chão dividida em duas partes. Hipnotizado pela cena, Marc não conseguiu desviar seu olhar da mulher. E quase que por acaso, seus olhares se cruzaram no momento em que a mulher finalizara a apresentação. Estranhamente, Suzan também continou olhando Marc, enquanto realizava os últimos movimento em cima do palco. Ambos ainda se encontraríam esta noite.

continua...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Contos Sujos-Tesão Reprimido-Parte 1


A noite em Big City costuma ser quente. Mais quente ainda quando você procura um pouco de diversão. Quando Marc Renouax saiu do trabalho já tinha um endereço certo. A noite pedia uma passada no Sanders, principal clube noturno do centro da cidade. Além dos drinks potencialmente alcólicos e da temática vintage, o que mais chamava a atenção eram as dançarinas.

As meninas que todas as noites dançavam no Sanders eram particularmente as melhores da cidade não apenas pelas curvas perfeitamente delineadas. Todas eram absurdamente sedutoras, e com apenas um olhar poderiam levar um cara a gastar a economia de anos em troca de alguns minutos de sexo incidental.

Porém, na casa reinava uma regra. Ou melhor, uma lei silenciosa que todos os frequentadores sabiam, e não ousavam descumpri-lá: nenhum cliente poderia tentar comprar o tempo das garotas. Programas eram proibidos, e aquele era o verdadeiro tchan do lugar. Manter o tesão reprimido e ao mesmo tempo latente na pele de cada macho. A pena para quem infringisse a regra ficava exposta em uma placa grande, atrás do grande balcão que percorria todo o bar:

“Todos que entram aqui, conhecem a regra. Não se faça de desentendido. Não se faça de esperto. Não tente bacar o galã de hollywood, nem o milionário excêntrico. Descumprindo a regra você será julgado por “Big Mass”. E não há advogado, dinheiro ou buceta que seja capaz de mudar uma decisão já tomada”.

A decisão, quando alguém infringia a regra normalmente era uma surra dolorida de Billy Boy, o taco de baseball de Big Mass, o dono do bar. Além da surra, a cara do infrator ficava pregada na parede ao lado da entrada do bar, como forma de manter longe que não andasse na linha.

continua...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sujos Factual - Sujo novo no ar-O sensibilizar político


Tem sujo novo postando aqui no blog. Hoje uma breve apresentação do João Ninguém,que comandará a ala política de nosso conteúdo. As sextas teremos a coluna fixa dele, dentro do Sujos Factual. Em breve, com a aquipe fechada, postaremos um breve perfil de cada escriba, com contato direto para os leitores. O texto a baixo traz parte da sujeira que ele pretende inserir aqui. Confira:

Política: a mais perfeita das ciências humanas, de tão perfeita, impraticável; é o que vejo por enquanto, em minha curta vivência no mundo dos que pensam os nossos rumos. Esse pobre estudante e observador das coisas não têm acesso a grandes furos jornalísticos da política, mas está atento ao que lê, vê e se fala por aí da política. E, assim se propõe a analisar as atitudes dos nossos guias sem nos exonerar de nossas responsabilidades:

Cegueira voluntária:
A TV ligada no horário nobre é mesmo só um pretexto para adormecer, mas a coisa ta ai pra quem quer ver; a TV é a descarga, ipsis literis, do que acontece pelo palácio, congresso, câmaras e todos os outros auto-abatedouros do Brasil.

Surdez generalizada:
Nossos prezados engravatados de voz mansa não se preocupam muito mais no que dizem, pois sabem que pouca gente está preocupada em ouvir, e a eterna sensação correr em círculos e dejavus faz anestesiada nossa capacidade de se revoltar.

Mau cheiro no ar:
A coisa é imunda, é o moribundo perfurado numa vala, é o enxofre demoníaco no prazer do criminoso. É a morte iminente do bicho-homem fedido na rua pedida esmola. São as nossas Caríssimas Eminências a festejar as decisões em seu asqueroso manjar à italiana. E a mais podre das atitudes é a fétida acomodação dos sofás da classe média.

Adubar os pensamentos:
Imagino que quem se interessou até aqui por meu texto, sabe o quanto é inútil o despertar-se para tudo aquilo que falei acima se não houver a vontade de mudança. À distância tudo fica mais simples: “Com a coragem que a distância dá, (...) fácil mandar tropa atacar na tela do computador”. A coisa deve ser mais séria, é preciso o comprometimento de enfiar a mão na M... e fazer dos dejetos nojentos o adubo de dias melhores.

Vozes procuram um coro:
Superando as deficiências generalizadas, a vontade de gritar é grande e os histéricos por justiça são muitos, pena que não encontrem o tom um dos outro, normalmente isolados perdem força, e quando juntos não se afinam fazendo mera algazarra incapaz de conquistar respeito diante do uníssono silêncio dos conformados.

Meu esforço é aqui encontrar um coro para entoar um hino por mudanças, sei que quanto maior o coro maior a metamorfose. A coisa como está não é boa, e por isso quero te convencer que precisamos lutar.

João Ninguém

domingo, 8 de novembro de 2009

Sujos Factual-Leblon Life Style


Posto 12. Solzão. Calçadão lotado. Gente bonita fluindo de um lado para o outro cuidando do corpo, sorrindo, atuando. As ruas são largas e movimentadas, porém resguardam a calmaria e o clima do que antes fora bossa nova e tranquilidade. Estamos no Leblon, e mentor o de nossa viagem é Manuel Carlos, ou simplesmente Maneco,o pai das Helenas da “poderosa”, e do Leblon Life Style que insiste em se apresentar como o Brasilzão de fora-a-fora, que acorda as 5 da manhã para pegar o trem lotado na central.

Nosso passeio diário começa as nove da noite, depois que o casal mais poderoso do país dá o boa noite mais visto do Brasil, e vai terminar no olhar penetrante de José Mayer, o galã comelão de maneco. Helena, a virtuosa nos guia ainda pelo mundo glamuroso da moda, e mostra que estrela também ama. E nesse bolo todo, os gêmeos se atracam pra ver que tira uma casquinha de Aline Moraes.

No núcleo pobre, que nem tão pobre é, temos problemas. Maneco toca superficialmente, como de costume, em um problema grave de nossa sociedade: a gravidez na juventude e a eterna luta entre asfalto e morro. Como só ele sabe fazer, a discussão não se aprofunda, e gera uma profunda discussão de valores em nossa sociedade, cumprindo a função da novela: representar fielmente a realidade.

Já na clínica sempre há pouco trabalho, e os “graves” problemas da vida se misturam entre um café e outro na cantina, com um papo cirúrgico e tosco. E como temperar o sucesso do folhetim? A receita Maneco sabe de cor e salteado: uma dose de realidade. Depoimentos, utilizando a história de superação de heróis anônimos nacionais.

Há receita é boa. Principalmente se você chega do trabalho as 9, cansado e doido para nãopensar em nada. Maneco é cobra criada, mas conta com o fator trabalho. Queria ver ele pegar o rabo da novela as 7, e de cara implacar a Helena com uma ex-BBB. Definitivamente novela não é a praia dos sujos.

sábado, 7 de novembro de 2009

Cultura Suja-Vícios, virtudes e vicissitudes


Se tem uma palavra que define Robert Downey Jr é “instabilidade”. Sua vida parece um verdadeiro drama. Filho de um produtor e ator de filmes B, Downey Jr. se envolveu com cinema aos 5 anos de idade, iniciando uma inconstante carreira marcada por alguns sucessos, inúmeras prisões e drogas ilícitas.

Sendo uma das grandes revelações do início dos anos 90, surpreendeu quando encarnou Chaplin com perfeição no filme homônimo. Mas não tardou a revelar sua faceta de garoto problema alternando suas participações em filmes com detenções por porte e abuso de drogas, violações de condicional e clínicas de reabilitação.

Não soa estranho quando se lê em jornais ou mesmo neste blog que uma celebridade hollywoodiana está envolvida neste clichê. Porém é revoltante ver como um artista com tamanho talento chegou tão perto de partir seu pedaço do bolo e não conseguiu. Ou melhor, ele partiu o pedaço do bolo mas não o comeu, acho que esta metáfora se encaixa melhor nesse exemplo.

Também podemos refletir sobre isso e aplicar esta metáfora em alguns momentos de nossas vidas. Sim, isso já aconteceu comigo. Mas certamente não sentirei pena de mim mesmo e de forma alguma usarei este blog para exorcizar minhas frustrações. Downey Jr. já mostrou que é possível dar a volta por cima e passar a borracha num passado obscuro.

Quem viu “Zodíaco”, “Homem de Ferro” e “Trovão Tropical”, acompanhou de perto o renascimento comercial do ator. Ao mesmo tempo, os personagens destes filmes são caricaturas do próprio criador, revelando personalidades que se afeiçoam aos vícios.

Em breve você poderá assistir a “Sherlock Holmes” e “O Solista”, filmes que marcam a presente fase “estável” do ator. Parece que finalmente ele comeu seu pedaço do bolo.


Lilly Rose

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Música Suja - Quantic Soul Orchestra


Uma mistura de fusion, jazz, funk e soul. The Quantic Soul Orchestra é o personagem desta semana da música suja. O projeto musical é idealizado pelo músico e DJ Will Holland. Além de trabalhar com sintetizadores e mixagem das faixas, Will produz trechos que contam com o swing do baixo, e referências diretas da música negra. Para complementar o trabalho ele conta com a sonoridade das guitarras clássicas e eletrônicas.

NOT SO BLUE

Além da criatividade e da musicalidade que aflora no estilo do idealizador do projeto Quantic, cada albúm conta com a participação de outros músicos reconhecidamente talentosos. Spanky Wilson, personagem do música suja da última semana e diva da música negra americana já gravou pelo projeto.

APRICOT MORNING

A influência que cada novo participante traz para o Quantic é o principal diferencial em seu trabalho. Cada disco carrega uma sonoridade e um estilo diferente, e dão a obra do artista um caráter diverso e ao mesmo tempo único. O último disco foi gravado na Colômbia, e tem fortes inluências da cultura local.

Experimente Quantic com uma cerveja ao lado e com luz a meio tom. Vale a pena conferir.

Discografia
Stampede (2003)
Pushin' On (Tru Thoughts, 2005)
I'm Thankful com Spanky Wilson, (2006)
Tropidélico (2007)

Fonte: wikipedia

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Contos Sujos-Império Genital-Parte 3


Se você está acompanhando, segue a última parte de mais um conto sujo. Se não está, as outras duas partes estão aqui em baixo. Manda bala!

Tony engoliu a saliva com dificuldade. A respiração ficou ofegante. Era real demais para ser mentira. Lá em baixo, no grande pátio que se extendia até onde o olhar não mais poderia chegar, o povo gritava:

-viva o imperador! Ele irá nos salvar! Salve o imperador!

Tony pensou em algo para dizer. Resolveu entrar na brincadeira. Caminhou até o peitoril da sacada, levantando uma das mãos para o alto. Tentou começar o discurso:

-povo de Vaginium, eu, o imperador, não deixarei que nada...

Antes que terminasse a fala, um objeto voador parecendo uma flecha flamejante, passou voando por cima de sua cabeça, ardendo em fogo. Tony pensou:

-que porra é essa?

Quando olhou para a direção em que havia sido lançado, Tony percebeu que o objeto havia perfurado o peito de Álaro, o ministro. A esta altura ele já estava caído com todos ao seu redor. O imperador correu até o local para poder analisar a cena. Quando chegou teve uma nova surpresa. A flecha era um pênis voador, e estava cravado no corpo do ministro. Com as últimas forças, ele ainda disse a Tony:

-senhor, salve nosso país...

Logo após dizer, fechou os olhos, e sua respiração parou. Tony sentiu uma fúria tomar conta de si, levantou-se e gritou:

-quem esse Penetras acha que é?

Porém, ao virar-se, o príncipe Penetras já apontava um pênis voador flamejante para Tony. A dilexia temporal que o havia incomodado foi rapidamente suprimida pelo medo do que viria a acontecer. O olhar do príncipe revelava vingança. Penetras tomou a palavra:

-escravizarei seu país. Pegarei o Anel Anuslar. Mandarei você, imperador Tony, para as minas de Escrotal. E vingarei a morte de meu pai, morto por ti pelas costas a pauladas!

Tony só conseguiu dizer uma única palavra:

-fudeu.

O pênis foi disparado em direção ao tórax de Tony. Porém, antes que o fogo tocasse seu corpo, ele despertou em sua sala, com a garrafa de cerveja que estava tomando caída no meio da sala. O som estava mais alto do que o normal. Mesmo com a cabeça ainda rodando e latejando, e com o sono tomando-lhe todas as forças, ainda conseguiu pensar:

“amanhã Vaginium terá sua vingança”.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Contos Sujos-Império Genital-Parte 2


Se você não acompanhou a primeira parte, ela está aqui em baixo. Se acompanhou, manda bala na segunda!

Dormiu. Porém, seu sono foi interrompido por algo que parecia uma corneta imperial. Ainda sonolento, notou que alguém lhe cutucava pelas costas. O homem, trajando uma armadura cheia de adereços, o alertava para algo:

-senhor, o povo aguarda por sua palavra.

Tony não entendeu nada. E olhando para homem, perguntou:

-quem é você? E do que você está falando?

O homem, também sem entender, respondeu as perguntas sem pestanejar:

-senhor, sou Álaro Mandanium, ministro da Guerra do condado de Vaginium. A guerra se aproxima. Penetras, príncipe de Pirocar, disse que irá invadir nosso país. O povo está com medo, e espera pelo seu pronunciamento.

Tony ficou surpreso. Nunca tinha tido qualquer aptidão para política. Não tinha a menor idéia do que estava acontecendo. Perguntou:

-espera... você está me dizendo que eu sou imperador de um país, e que neste momento uma guerra se inicia entre países com nomes de genitais e que só eu posso impedir que essa merda acabe dando em uma merda ainda maior?

O servo respondeu.
-agora eu não estou entendendo senhor... ontem o senhor mesmo havia dito na reunião da assembléia, que com seu Anel Anuslar tudo seria resolvido, e que o senhor daria o melhor de si...

Antes que terminasse a frase, Tony o interrompeu irritado, levantando-se do trono em que estava instalado.

-mas que porra é essa? Anel Anuslar e Penetras é o cacete... eu só quero tomar a porra da minha cerveja!-explanou assustando o restante dos servos que estavam no grande salão.

O servo olhou a cena. E mesmo sem entender, percebeu que uma cortina a frente de onde estavam posicionados estava sendo suspensa. Ele olhou para Tony e disse em tom de seriedade:

-tenho que ir imperador. É hora do seu discurso.

Quando Tony olhou para frente, percebeu que estava em uma bancada, em um típico palácio imperial. Milhares de pessoas gritavam seu nome. Cornetas anunciavam que a fala agora era do imperador.

Continua...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Contos Sujos-Império Genital-Parte 1


Tony chegou em casa com sede. Queria beber algo com urgência. O momento do porre para ele era quase que um ritual que seguia alguns passos básicos.

Tirar o sujo uniforme da usina. Trocar as calças sujas de carvão, pelo short rasgado e sujo que conservava rigorosamente a sujeira acumulada de cada dia de trabalho. Dar um berro que incomodava propositalmente toda a vizinhança. E finalmente, abrir a geladeira na base dos murros e pontapés. O barulho que a última etapa fazia era ainda maior, pois Tony chingava e chingava a velha geladeira com palavrões dos mais diversos.

-abre filha da puta, me dá a porcaria da cerveja, eu vou quebrar você inteira! – enquanto falava, chutava.

O passo seguinte variava. Seus porres, além de cerveja, acompanhavam todo tipo de substâncias. Tinha preferência por sintéticos, e nesta noite iria experimentar uma nova, vinda do subúrbio da cidade. O vendedor, conhecido apenas por “Cat” foi quem alertou para a potência do produto:

-cara, manda só metade do tablete pra dentro. A onda disso é muito forte.

Tony já havia usado quase tudo. E da mesma forma não se assustava mais com este tipo de alerta. Por isso mesmo, na terceira cerveja, abriu a embalagem, olhou para o produto e pensou:

-quero ver o que você vai fazer comigo hoje, neném.

Com um único movimento jogou a pastilha inteira para dentro da boca. Colocou Quantic para tocar na vitrola. Sentiu a onda chegar lentamente. E lentamente pegou no sono.

continua...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Sujos Factual - Agradecimento


Hoje uma postagem rápida.

Como todos vocês sabem hoje é feriado. Por isso aproveito o dia para agradecer em nome dos Sujos aos internautas que descobriram aqui um espaço. Seja para colocar as emoções para fora, seja para extravasar a fúria do dia-a-dia, seja para passar por aqui e dar bolinhas para o conteúdo. Nestes primeiros trinta dias de blog, os resultados foram os melhores possíveis.

Na medida do possível, estamos tentando manter a atualização de diária, o que nem sempre resulta em um conteúdo satisfatório. Mas a intenção é sempre fazer o mais sujo possível.

Como disse, o espaço está aberto a todos que tenham contos, crônicas ou textos e que gostariam de publicar em algum lugar. Este espaço agradece, e amanhã voltamos com mais um conto sujo. Se você tem interesse, deixe um comentário com o e-mail que entraremos em contato.

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