quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Contos Sujos-Tesão Reprimido-Parte 3
Depois de terminado o show, Suzan voltou a trajar a farda policial. Foi ao camarim rapidamente e retocou sua maquiagem. Tinha que ir para o salão para trabalhar nos drinks,porém, antes disso, tinha outra coisa a fazer.
Saiu do camarim com passos suaves. Enquanto atravessava o salão, recebeu olhares fulminantes de todo o bar. É claro que aquela altura, qualquer um trocaria milhares de dólares por 10 ou 15 minutos com Suzan. Mas ninguém arriscava uma palavra. O medo de levar uma surra de Billy Boy era tão evidente quanto o tesão espalhado pelas mesas.
Marc notou que o olhar de Suzan continuava indo em sua direção, e sua trajetória se acentuava, indo em sua de encontro a ele. Só a hipótese de que ela viria trocar três ou quatro palavras já era convidativa. Paralelamente a isso, tinha espasmos quando pensava em Billy Boy indo diretamente contra seu corpo.
Suzan aproximou-se, e recostou-se logo ao lado de Marc, apoiada no balcão. Marc tentou ignorar, mesmo sabendo que era impossível. A moça dirigiu-se a Big Mass, que estava no bar:
-Mass, um whisky Cowboy por favor...
Marc olhou de rabo de olho. Já ela olhou sem qualquer pudor para Marc.
-Um não Mass, traga dois por favor...
Big Mass fechou a cara. Logo em seguida perguntou. Ele já desconfiara para quem era a bebida:
-Suzan, não beba muito em serviço, você conhece as regras.
Suzan respondeu conscientemente:
-conheço sim Mass. Esta bebida não é pra mim. É para este cavalheiro aqui do meu lado.
Marc arregalou os olhos e pensou em Billy Boy. Big Mass passou a mão no taco com gosto, e espumando novamente perguntou:
-isso é algum tipo de brincadeira? Se esse cara ta querendo meter a mão em você eu vou descer o cacete nele!
Suzan novamente respondeu com desdém:
-as regras são bem claras Mass... se ele quiser 10 minutos comigo, você bate com o taco de baseball nele...
Mass respondeu de bate-pronto:
-então eu vou comer esse palhaço no cacete agora!
Com dois movimentos Suzan controlou a situação. Uma de suas mãos impediu Mass de começar a pancadaria, e com a outra começou a apalpar as pernas de Marc. Depois de ter a situação sob controle recomeçou:
-Mass, as regras são claras. Se ele quer um programa comigo, e me oferecer dinheiro você bate nele – um gole no copo de whisky e uma pausa rápida – mas neste caso eu é que vou pagar... sou eu que quero esse cara.
Mass não soube o que dizer. Porém pegou Billy Boy e deu uma porrada num latão velho que estava em baixo do balcão. Seu olhar apenas denunciou. Não poderia fazer nada nesse caso. Terminado o copo, o casal saiu do bar, e rodou a mais de sem por hora pelas ruas de Big City. Naquela noite, as únicas palavras de Marc foram:
-meu deus...
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AHAHAHAHA
ResponderExcluirMuito bom esse desfecho cara...
Teu texto me lembra muito Henry Miller
Já leu a Crucificação Encarnada?
Sexus, Plexus e Nexus...
Já li o Sexus, estou lendo o plexus, para terminar com o Nexus...
mas os teus contos me parecem histórias paralelas à linguagem dele.
É um estilo muito interessante para quem lê...
na verdade as principais influências são Dostoievisk, Bukowsky e Kerouac. Minha tentativa é tentar aproveitar um pouco de cada um deles:
ResponderExcluiro primeiro, a construção da personalidade
do segundo, a acidez e autoflagelação dopersonagem se contrapondo com o bizarro e a excentricidade de alguns esterótipos
e do terceiro o ritmo, através da prosa espontãnea
Porém conheço Henry Miller e curto muito a obra dele! outro cara muito bom é o Jack London, seder leia também!