domingo, 22 de novembro de 2009

Cultura Suja - Dan Brown


Esta semana, um renomado site inglês publicou uma lista com os melhores e os piores livros da década. No topo da lista, um dos livros mais vendidos nos últimos anos: O Código Da Vinci, de Dan Brown.

A análise feita pelo portal menciona a superficialidade do texto do autor norte- americano, que conduz sua obra como um blockbuster hollywodiano, que em certos aspectos perde a conexão com a realidade.

Porém, ao que parece a análise é muito mais uma birra contra um autor que conseguiu ser bem sucedido em sua carreira, do que propriamente pelo seu texto. Para quem teve a oportunidade de conhecer a obra do autor, sabe que seu texto não traz qualquer tipo de lição moral. A intenção não é essa.

Seu texto está sim muito mais ligado ao plano da ficção da indústria cinematográfica americana, do que a literatura erudita, o que em momento algum desmerece o talento do escritor.

Seu mérito é adaptar sua arte como um produto consumível, sem perda de qualidade de conteúdo, ao contrário do que acontece em grande parte do que é produzido para as telonas e para a TV por exemplo. Faz parte do seu estilo ser rápido, coeso e superficial no que diz questão a linguagem. Faz parte da estética com o qual suas obras foram construídas e absorvidas por milhões em todo o mundo.

Além disso, o cuidado na pesquisa é outro ponto a seu favor. Suas obras começam com notas, dizendo o tempo de duração da pesquisa, as pessoas entrevistadas e as tecnologias descritas que realmente existem.

Desmerecer o trabalho de Dan, é cair na máxima de que todo best seller é uma merda. É claro que Paulos Coelhos existem em todo lugar, mas não é o caso.

Dan pode ser pop. Qual o problema? Salvador Dali também era. E Bob Dylan ainda é.

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