sábado, 31 de outubro de 2009

Cultura Suja-Estréia-Cabaré brasileiro


Hoje estréia mais uma coluna aqui no blog. esta coluna será fixa aqui. O Sujo no comando dela responde por Arthur Figueiredo. Alerto a todos para o humor ácido, o texto com graves efeitos colaterais e o pensamento revolucionário que move não só ele, mas como todos que pensam e frequentam este blog. Sua coluna tratará de cultura. Não a cultura que o fantástico empurra goela a baixo. Não será a cultura do leblon life style da novela das oito, e muito menos a falsa erudição que se transforma em mercadoria e objeto de transgreção de valores e ideias. Será simplesmente cultura, e caberá a você leitor aceitá-la ou não. Neste blog não há ditadura que não possa ser derrubada. O texto segue aqui em baixo.

Sensualidade, dança, fantasia, entretenimento provocante. São esses elementos que compõem a arte do striptease. Em sua forma mais clássica, nas décadas de 30 e 40, ele era encenado nos cabarés norte-americanos, um espetáculo com música ao vivo e erotismo. Este cenário tem sido revivido desde o início da década de 90 e agora passou por São Paulo.

Dita Von Teese, 37 anos, a maior representante do gênero atualmente, arrancou aplausos e suspiros do palco da The Week, numa curta apresentação para um público formado por atrizes como Guilhermina Guinle e Paula Burlamaqui, a apresentadora Fernanda Young (que confessou ter sido influenciada pelo estilo da modelo em seu ensaio para a revista Playboy de novembro) e a cantora Pitty.

Essa é mais uma prova de que o erotismo nunca perde seu espaço no mercado, principalmente quando é associado à arte. Há quem considere a nudez uma completa obra de arte, como há quem ache que chamar nudez de arte é um artifício para torná-la aceita na sociedade.

Mas existe também um significativo grupo de pessoas que prefere não refletir sobre essa questão, apenas aproveitar o que o mercado tem a oferecer. Como diria a própria Dita: “Sexo vende”.

Arthur Figueiredo

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Contos Sujos-Livros e mais livros-Parte 3


Se você não está acompanhando, as outras duas partes deste conto estão aqui em baixo. Se está, manda bala na terceira!

Sua caminhada foi rápida. Logo já estava no café, que ficava posicionado do lado de fora da livraria, em uma espécie de varanda. Atravessou a porta que dividia os dois ambientes e correu o olhar em buscar da mulher que havia visto a cena. Estava a esquerda, posicionada em uma mesa no fundo do local, tragando delicadamente um cigarro de filtro vermelho.

Procurou em seus bolsos e não encontrou nenhum cigarro. Achou um último em seu maço. Sentia-se excitado. Algo remexeu em suas calças e nem preocupou-se em disfarçar. Foi em direção a loira e perguntou:

-teria fogo para me emprestar, neném?

A loira olhou e respondeu quase que sem expressão:

-claro.

Renê acendeu o cigarro. Deu uma longa tragada e começou a falar, pouco confiante:

-aquilo que você viu lá dentro...sabe... não é... – enquanto dizia coçava a cabeça e suava – não é o que estava paracendo ser...

A loira o interrompeu:

-aquilo que eu vi lá dentro é algo típico de um sujeito escroto, típico de um tarado punheteiro que deveria estar preso com outros vinte caras, numa cela três por quatro, todos loucos para que ele se tornasse a Alice do lugar.

Renê apagou o cigarro enquanto ela falava. Apressou o passo e deixou a livraria. Comprou uma cerveja, mas não levou o livro de história para casa.

Contos Sujos-Livros e mais livros-Parte 2


Se você não leu a primeira parte, ela está aqui em baixo. Se leu, manda bala na segunda!

Continuou observando a garota trabalhando e elaborando seu raciocínio:

-que tal se você organiza-se por temas, minha jovem?

-não, não, prefiro assim mesmo senhor. Vai querer algo?

Renê olhou rapidamente as pilhas de livros em que a garota trabalhava. Escolheu o vermelho. Viu que se tratavam de livros de história. Disparou:

-sim, sim. Gosto de história.

A garota respondeu prontamente:

-claro, tenho dois exemplares que estão logo aqui em cima. Vou pegá-los para o senhor.

Enquanto a garota se esforçava para pegar os livros, Capota abaixou-se suavemente. Com um leve giro no pescoço, já começava a avistar algo. Acomodou-se um pouco a frente, deu um passo para a esquerda e cheque-mate. Estava vendo. Como um explorador que alcançara o Eldorado, Capota via muito além do interior da saia da garota, suavemente arredondado e as curvas de seu corpo perfeitamente delineadas.

Os segundos alongaram-se. Vendo-se quase que hipnotizado, tratou logo de desfazer a cena, mas já era tarde. Na mesma fileira em que estava posicionado, uma senhora havia visto toda a safadeza. Ela era loira, alta e ainda bastante jovial. A loira virou o rosto bruscamente, reprovando claramente a cena e indo em direção ao café da livraria.

Capota pegou o livro em que se apoiava e jogou entre tantos outros que já estavam organizados. Saiu andando em disparada, indo na direção do café. A menina que ainda arrumava os livros perguntou:

-ei, ei, não vai levar nenhum?

-talvez minha filha, ainda me parece muito novo. Mas se for barato eu levo.

A menina, sem entender nada, respondeu:

-só trabalhamos com livros novos senhor.

Já de costas e em passos acelerados, Capota gritou:

-Não estou falando dos livros!

continua...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Contos Sujos-Livros e mais livros-Parte 1


A direita da biblioteca, a atendente se esforçava para organizar as altas pilhas de edições especiais de vários títulos educacionais. Ela empilhava Geografia, história mundial, Física, Química, Artes e mais Geografia. Tudo em várias e grandes colunas. Quando renê Capota entrou na livraria, percebeu o esforço que era empreendido pela garota para arranjar tudo aquilo.

Porém, mais do que os excitantes livros educacionais, era a altura que a garota estava suspensa do chão que lhe chamou a atenção. Com pouco mais de um metro e oitenta, e apoiada sobre o último degrau da escada de alumínio, o interior de sua saia estava à mostra. E Capota percebeu isso. Pensou rápido em como abordá-la, e não teve dúvidas.

A garota organizava os livros não por temas, e sim por cores. Ao perceber o que a jovem morena fazia, Capota apressou-se, caminhando em direção as gôndolas. Chegando até o local onde a garota trabalhava, disparou:

-interessante seu jeito de organizar tudo.... assim você vai encontrar tudo fácil, não é neném?

A garota virou-se e respondeu, orgulhosa com a observação feita pelo homem.

-claro! Aqui estão os azuis, ali do outro lado os verdes e aqui em cima os vermelhos.

Renê coçou queixo, enquanto pensava na resposta:

-sei... é claro...

continua...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Música Suja - Spanky Wilson


Hoje estréia coluna nova aqui no blog dos Sujos. Não sou, nem tenho a pretensão de ser crítico musical. Aqui indico alguns sons que eventualmente seriam as trilhas sonoras para os contos sujos. A intenção é aumentar o grau de interatividade entre você leitor, e a história, aproximando personagem, cenário e platéia.

Aqui apresento Spanky Wilson. Diva do soul e do jazz americano. Vocalista de voz forte e presença de palco marcante, principalmente nos anos 60, sendo considerada uma das lendas da música negra americana. Sua última gravação foi ao lado de outro poderoso grupo musical, The Quantic Soul Orchestra, que mais a frente será pauta da música suja.

Confira aqui um pouco do som dela. A música é Sunshine Of Your Love:



Fonte: wikipedia

Amanhã tem mais seus Sujos!

domingo, 25 de outubro de 2009

Sujos Factual - Teoria de Melhoramento da Merda



Vamos combinar o seguinte: se você não curte escatologia, pare de ler aqui. Se você não tem problema algum com isso, continue e se delicie.

Imagine todas as situações em que você é forçado a produzir algo que você não concorda, ou que tenha a mínima percepção que não vai dar certo. Trabalho, escola ou faculdade. E quando está pronto, você olha o produto e diz para si: "mas que bela bosta". E depois da cagada, os mentores que orientaram o processo de confecção ainda lhe propõe diversas alternativas para melhorar o dito cujo.

Aumente os tons de azul e verde. Embrulhe com papel celofane rosa. Pinte de verde limão. Escreva sobre Adorno, relacionando com o texto do Boninho que saiu esta semana. Procure alguma reportagem da Ana Maria Braga falando sobre como cozinhar um leitão havaiano, ou formate tudo em times 12, e imprima em papel vegetal sabor estrombelhete. E no fim de tudo isso você pensa. " Cara, isso ainda tá uma merda."

Agora um exercício de abstração. Não tente limitar sua criatividade, ok? Pense em uma trança de merda. Um peloto de bosta. Agora coloque um laçinho, desses de presente de natal. Embrulhe em um papel bonito. Coloque um cartão, e diga para todos os seus amigos que foi caríssimo.

Oresumo é o seguinte meu chapinha. Faça o cacete a quatro, mas continuará sendo merda. E todos os dias assinamos nosso nome em um monte de coisas desse naipe.

Um abraço e amanhã tem mais.

sábado, 24 de outubro de 2009

Contos Sujos-Descanso Merecido-Parte 3


Se você está acompanhando, manda bala na terceira parte. Se não está, as outras duas estão logo aqui em baixo meu chapa!

Depois que acomodou-se na poltrona, Jamie deu um murro na mesa, chamando a atenção de todos no bar. O casal se assustou.

-Jamie! – disse Megan assustada.

-Oi... Megan – cada sílaba foi pronunciada lentamente – Vi você aqui, com isso aí. – referindo-se ao homem que a acompanhava. Seu olhar ia diretamente para a cara do sujeito.

Assustada com a cena, Megan continuou:

-Mas... o que, o que você está fazendo aqui Jamie?

Enquanto pensava na resposta, reparou que o homem também o olhava fixamente nos olhos:

-passei aqui para encher a minha cara, Megan... Meguinha. Sabe que eu queria que você voltasse lá para casa. Éramos tão felizes...

Jamie disse tudo com ironia e sarcasmo que só ele conseguia dissimular. Isso irritou Megan.

-Jamie, este é Ralf, meu namorado. Você não quer que o Ralf se irrite, não é?

-claro que não doçura. Eu só não sabia que sua mamãe era assim, tão, tão sensível... ela nem parece doente. Claro, ela está precisando é de uma depilação. E maquiagem...

Antes que terminasse,Ralf respondeu furioso:
-cala essa boca, senão...

Ralf não conseeguiu terminar. A mão de Jamie já havia lhe desfigurado o rosto. O soco fez com que Ralf caísse desmaiado no chão. Enquanto Megan socorria o homem, que se desfizera, Jamie caminhava em direção a saída do bar com sua maleta. Já era tarde, o calor ainda batia os 35ºC e amanhã ainda seria um longo dia.


Amanhã, vem novidade seus sujos. Aguardem.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Contos Sujos-Descanso Merecido-Parte 2


Se você leu a primeira parte, esta é a segunda. Manda bala! Senão leu, ela está aqui em baixo.

A vadia havia lhe largado com a desculpa que precisaria morar com a mãe para cuidar da saúde da velha. Desconfiou, mas preferiu ignorar o ciúme que lhe tomava o corpo, e principalmente as calças. Mas agora tinha o que precisava. Olhou o acompanhante de Megan. Examinou com frieza. Se fosse necessário, espancaria tranquilamente o infeliz. E seu plano já estava traçado. Rapidamente colocou-o em prática.

Pediu ao garçom que lhe trouxesse uma dose de conhaque. O pior da casa. Depois da primeira, vieram outras quatro doses, além de duas tequilas, três cubas grandes e uma gim tônica. Estava alterado, mas o suficiente para um bate papo “descontraído” com o casal. Levantou-se, apoiando em uma das cadeiras da frente. Parecia mais embriagado agora que estava de pé.

Caminhou com passos incertos, com o copo em uma das mãos. Enquanto seguia em direção a mesa do casal, os dois continuavam roçando e roçando. O homem lançava sua mão dentro da saia de Megan. Ela tinha espasmos. Sorria. Ameaçava montar no colo do homem. A raiva crescia em Jamie, depois de cada gemido da mulher. Passou a caminhar mais depressa, e chegou à mesa mais rápido do que imaginara. Em pouco tempo estava a frente dos dois vendo a cena. Não interrompeu.

Antes que os dois notassem, se sentou logo na cadeira a frente, cruzou os braços e colocou o copo suavemente na mesa.

continua...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Contos Sujos-Descanso Merecido-Parte 1


Jamie entrou no bar com sede. Havia trabalhado o dia todo nas caldeiras da usina de carvão. E nesta época não era fácil. O calor sufocante do fogo queimando a lenha, se juntava ao bafo seco de uma cidade em pleno verão, com temperaturas de mais de 42ºC. No final do dia, Jamie só queria encher a cara com a primeira porcaria que encontrasse. Mas o dia ainda não tinha terminado.

Desceu no centro da cidade, depois de pegar o ônibus dos usineiros. Ainda estava sujo, mas isso não o impediu de saciar a sua vontade. Entrou no JJ, um bar médio, de gente obscura, que ia ali com um dois únicos objetivos: tomar um porre ou fuder.
Jamie entrou, e se dirigiu ao balcão. Jogousua maleta no banco ao lado, e estalou os dedos com força, lançando um ruído de dor e alívio. Ao mesmo tempo, sua cabeça se virava para o interior do bar, buscando algum rosto conhecido.

Não encontrou ninguém. Ao fundo do bar, as putas esperavam para faturar alguma grana na noite quente. Em outro ponto, grandolhões jogavam sinuca e bebiam. No fundo, outros quatro formavam uma mesa de poker, que tinha um pot de 1500 dólares. Uma grana razoável. O restante bebia whisky vagabundo ao redor, e não arriscva perder a pouca grana que ainda lhes restava. Mais a frente, um grupo bebia animadamente, dançando perto da jukebox. Mas o que chamou atenção de Jamie era uma mesa posicinada na parte escura do JJ.

Uma loira se encoxava com um grandalhão, num amasso que dificilmente terminaria ali. Jamie examinou bem, pois parecia conhecer a mulher. Olhando melhor, teve certeza. Era megan, sua ex-namorada. Pensou: que vagabunda.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sujos - Novidade

De tempos em tempos, e com periodicidade não definida, mais duas colunas aparecerão aqui no sujos.

Música Suja - com algumas dicas de um som bacana para você socar, ofender ou enganar alguém.

Imagem Suja - quando você achar que tudo está uma merda, e que nada pode ser pior, eu te mostro uma imagem pra melhorar seu dia.

As colunas por enquanto serão conduzidas com pulso forte e ditadorial. Mas assim que tivermos os primeiros posts, abro espaço para contribuições.

Aqui em baixo estão as novas tags.


Sujos - Organização

Para deixar o blog mais posudo, atraente e sedutor, agora vamos entrar com umas tags em cada post. Assim fica mais fácil para identificar cada sessão. Se um dia isso aqui se tornar necessário no dia-a-dia de muita gente eu passo para o wordpress e divido em colunas, tranquilo cambada?

Vejam aí as tags que entram no blog a partir de hoje.

Vem mais por aí.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Sujos factual - Chave de braço com X

A expectativa na cidade é grande. O ano inteiro a festa é aguardada por todos. São três dias de folia intensa e diversão amplificada. Cool é colocar seu abadá e entrar na micareta uniformizado. Chique é cair na micareta com pose, entrar atrás do trio, e cantar junto com a loira baiana que a poeira vai levantar.

E se você é uma garotinha juvenil, saliente e sapeca, ainda leva uma chave de um bombado qualquer. E cada marmanjo faz as contas de quantas beliscou. Por que quanto mais beijocas você der, mais macho você será. A turma toda vai ao delírio. Uma prótese peniana de valor inigualável. E quando você chega em casa? Toca uma bronha para o chortinho que você e outros 200 camaradas traçou.

Mas não converse com nenhuma garota. Aplique logo uma chave, um mata leão, ou qualquer tipo de comunicação não verbal. Por que falar é coisa de nerd.

A vibe é boa pra quem curte. Mas nessa fiquei de fora. Quando a folia acaba, quem fica feliz sou eu.

Amanhã tem conto. Não percam.

domingo, 18 de outubro de 2009

Contos sujos-O relógio-parte 3

Se você não está acompanhando o conto, as outras duas partes estão aqui em baixo. Se está, manda bala na última.

Marc continuava simulando uma raiva profunda.

-Apenas fiz um convite. Mas aposto que você está acostumada com este bando de trouxas que dizem 10 palavras imbecis a cada 11 que cospem. Não está acostumada a alguém te tratando de forma decente. E quando alguém tenta, você se afasta.
A mulher olhou desconcertada para Marc.

Parecia que havia sido desarmada. Mas ele não deu chances:

-Desse jeito vai ficar aqui mesmo, nessa merda. Vou seguir seu conselho. Vou embora desse lugar. Meu ônibus passa daqui a pouco.

Marc levantou-se apressadamente e caminhou para fora do bar. A chuva ainda caía forte, e ainda tinha pouco menos de dois minutos antes da condução passar. Porém, antes que o ônibus apontasse pela rua, um carro parou apressado. Era a morena do bar em um possante negro turbinado:

-Ei, você não vai precisar pegar ônibus hoje.

Marc não dormiu em casa aquele dia. E seu ônibus se atrasou em 4 minutos e 15 segundos.

Amanhã te sujo factual. Não percam galera.

sábado, 17 de outubro de 2009

Contos sujos-O relógio-parte 2

Se você não leu a primeira parte, ela está aqui em baixo. Se leu, manda bala na segunda.

Não poderia pensar muito, pois o tempo estava contado. Caminhou com passos acelerados até o fim do bar. Haviam se passado algunssegundo preciosos. Enquanto caminhava colocou seu relógio para despertar 60 segundos antes da passagem do seu ônibus o que lhe dava exatos6 minutos de conversa com a mulher. Chegou ao balcão secundário onde a mulher estava sentadatomando seu gim tônica. Não fez firula. Começou a falar:

-não pude deixar de notar você aqui. O que me espanta é uma dama como você frequentar uma espelunca como essa. Se quiser podemos ir para outro lugar, onde possamos conversar melhor, e tomar alguma coisa decente.

A mulher apenas olhou para Marc, e continuou bebendo seu drink.

-Não quero parecer rude, de forma alguma, mas é que gostaria que você respondesse.

A mulher olhou novamente para Marc, agora com uma expressão de desprezo e respondeu lentamente:

-eu não iria com você a lugar nenhum. E se não está satisfeito aqui, vá embora.

A acidez da resposta era o que Marc queria escutar. Agora ele estava apto a fakar o quebem entendesse. Ele ainda tinha 4 minutos e 35 segundos.

-aposto que se eu ficasse aqui fazendo cena a noite inteira pra você, fazendo caras, e dissimulando com uma bebida vagabunda, seu rabo terminaria na minha cama. Mas esse é exatamente o tipo de coisa que eu não estou disposto a fazer.
A mulher respondeu com o mesmo tom de irritação:

-Ei, quem você ta achando que é? Acha mesmo que vai chegar aqui, e em cinco minutos vai comer quem você quiser? Vai se fuder seu canalha.

-não são 5 minutos. Faço em 4 minutos e 2 segundos.

continua...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Contos sujos-O relógio-parte 1

A chuva caía forte, mas o calor ainda era intenso. Na cidade, as sete da noite de um dia de verão, o tempo é caótico. Por isso, Marc Benoaux estava impaciente no ponto de ônibus. Conhecido como “o francês”, Marc havia acabado de sair do escritório no centro. Estava suando, mas em 10 minutos seu ônibus passaria em direção ao subúrbio. Havia tempo para uma cerveja.

Atravessou a rua e encontrou um bar aberto. Eram quase 10 da noite. O serviço no escritório aumentara, e a cada dia ele saía mais tarde. Já não aguentava mais aquilo. A cerveja seria apenas a mais justa das recompensas.
Quando cruzou a porta, Marc rapidamente foi em direção ao balcão principal. Sua aparência distinta dos demais frequentadores do bar chamou a atençãode todos. Marc se dirigiu ao atendente.

-boa noite. Quero uma cerveja preta. Estou com pressa. Então já vou acertar de uma vez.

-ok. Vou pegar sua cerveja.

Dois minutos haviam se passado entre o primeiro gole e o pagamento da birita, Depois que terminou a primeira golada. Marc examinou o bar. Ao fundo, uma morena vistosa conversava com o garçom. O vestido vermelho colante e curto revelava fartas coxas. O cabelo escorria pelo busto de forma suave, dando ainda mais forma,chegando ao decote que deixava a mostra o colo, com seios perfeitamente torneados.

A frieza com que suas curvas pareciam ter sido feitas era assustadora. E ao mesmo tempo espetacular. Marc examinou seu relógio. Tinha exatamente 6 minutos e 47 segundos para conversar com aquela mulher e não parecer ser o mais perfeitos dos pilantras.

Continua...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sujos Factual - Assalto legalizado

Chove. Chove muito. Não há como se deslocar do centro até o local da entrevista sem pegar um táxi. Na rodoviária, somos abordados por um suposto taxista. tentamos fechar um preço, porém o diálogo se desenvolve assim:

-quanto fica a corrida? - pergunto.
-30 mais ou menos - responde o taxista
Indago na tentativa de fechar o negócio:
-fechamos em trinta?
Ele responde malicioso:
-a corrida pode dar menos.

Penso por alguns minutos. Entro no táxi, que de táxi tinha pouco. Um carro adaptado.
A corrida dura cerca de 30 minutos com o carro correndo em alta velocidade pela via expressa. O papo flui. O taxista comanda a conversa. Quer saber de onde sou, o que faço, quais meus planos. Ainda receoso, revelo parte deles. Mas é o bastante.

O carro chega ao destino. Não identifico o taxímetro. Não vejo forma alguma de saber quanto o serviço custará. O taxista saca uma calculadora e faz uma conta rápida. O valor final assusta:

-99? a corrida ficaria em torno de 30!
-o valor é este. Você não vai querer perder seu tempo e nem eu o meu. Você não ficará mais pobre nem eu mais rico.
-Que isso?
-o valor é este.

Ponto final na conversa. Isso se chama extorsão. O recibo frio, o carro e a cara de filho da puta do taxista só dizem uma coisa: trata-se de um assalto legalizado. Você solicitou o serviço.O serviço foi feito. Ele quer receber. se você não paga com dinheiro, paga de outra forma. Talvez até mesmo com a vida.

A velha mania de querer passar a perna nos outros chamada carinhosamente de jeitinho.
os filhos da puta existem na vida real.

Amanhã tem conto. Não percam.

sábado, 10 de outubro de 2009

Contos Sujos-O guarda-chuva-Parte 3

Parte três do conto do gato. Se você não leu a segunda, ela está aqui em baixo. Se leu, manda brasa na terceira e final.

Em algum tempo, começou a ocupar a cama de Marc, e logo o dono já estava dormindo quase todos os dias no sofá da sala.
Marc estava mais cansado do que nunca, de tudo e de todos. Sua vida havia se transformado em um fardo, pesado e cansativo de ser carregado. No escritório as coisas estavam insuportáveis, e a medida que o tempo passava, David jogava todo tipo de irresponsabilidade na conta de Marc.

Este, resolvia, mas absorvia grande parte da nada fácil rotina. Certo dia, Marc chrga em casa e a TV já está ligada. Maddox estava sentado em sua poltrona, praticamente vestido em uma de suas camisas prediletas, e assistindo a um programa na TV. No jornal, ao lado da poltrona, o caderno cultural mostrava a resenha de um show de ua banda famosíssima tocando um pseudo rock cool. No alto da poltrona, o gato acionava o laptop, em seu perfil do Twitter. Chegou perto e viu o que o bichano digitava:

-o babaca que acha que é o meu dono chegou. Acho que agora ele vai cagar.

Marc, furioso, percebeu que o gato havia virado gente. Ou melhor, havia se transformado na figura de David. A fúria tomou conta de sua mente. Foi até o quarto, pegou o antigo guarda-chuvas dentro de um armário. Desencapou o objeto, caminhou lentamente até a sala, em direção a poltrona onde estava o gato. O que se escutou foi um rápido e leve gemido.
David não perdia por esperar.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Contos Sujos-O guarda-chuva-Parte 2

segunda parte do conto do gato-mestre. Se você não leu a primeira ela tá aqui em baixo. Se leu, manda bala.

No escritório ele sabia. Chegaria cedo como sempre, e seria a mesma merda burocrática de sempre. Enquanto isso, David chegaria com sua meia hora de atraso habitual, alardeando para todos que o trabalho estava sendo desenvolvido na mais completa perfeição. E após todo o jogo de cena, começaria a soltar pitadas “fakeanas” de conhecimento referencial ilimitado. Em resumo: falaria muito, e não diria nada, deixando todos completamente embasbacados. Para Marc, o ambiente de trabalho era realmente o cúmulo do insuportável. Pessoas a todo o momento tentando impressionar. Pensava sempre:

-será que esses porras nunca leram Kerouac, Bukowisk ou Rimbaud? Que porra...

Por isso, seu único amigo era o gato Maddox. Um belo angorá, grande, gordo e peludo. Seu pêlo negro fazia dele ainda mais imponente. Maddox parecia saber o quanto seu dono era dependente da relação de amizade entre os dois, e por isso abusava de seu dono. Quando queria algo, fazia beiço, ficava amuado, arrumava pirraça.

Por isso tinha tudo: almofadinha aquecida, leite frescodesnatado, bola de lã azul turquesa, cobertor colorido, televisão até as 10hs e cestinho próprio. Os dias iam se passando , e cada vez Marc se afastava mais do mundo e se aproximava de Maddox. E Maddox fazia festa. Sua comida passou dos regulares biscoitos, para todo tipo de guloseimas. Passou a ficar com a televisão ligada a noite inteira, e quando Marc ia dormir, rolava para cima do controle como forma de protesto. Queria a TV ligada, não pegava no sono sem ela.

continua...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Contos Sujos-O guarda-chuva-Parte 1

O dia não começou fácil.Logo quando Marc abriu a janela de seu quarto, a chuva caía forte lá fora. Um dia inteiro de trabalho pela frente, em baixo deste temporal. Arrumou-se rápido, apesar da hora ainda não ultrapassar as 8:30 da manhã. Enquanto se vestia, ferveu a água, e abriu um pacote de biscoitos. Estavam suculentos. O chá já estava fervendo, e os biscoitos indo para o prato. Lembrou-se de olhar a agenda para rever os compromissos do dia. Reunião às 14:00hs. Pensou rapidamente na cena e concluiu:

-o que saco, vai tomar no cu. Não aguento mais essa porra.

Marc odiava pessoas. Não tinha a menor simpatia por gente. Incomodava o hábito de pensarem tanto, de cogitar tanto, de planejarem tanto. Tinha o cuidado de manter se afastado de todos e de tudo. Odiava as mulheres comprando nos supermercados, nos shopping centers, nas boutiques caríssimas, esbanjando a porcaria do dinheiro.

Odiava os babacas que utilizavam próteses penianas luxuosíssimas como carros da moda, roupas com a porra da marca de luxo e aquele telefone multifuncional avançado. Tudo para impressionar as “gatinhas”. Não conseguia manter qualquer tipo de dálogo com as pessoas sem que fosse afetado por qualquer um destes pensamentos.

continua...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sujos Factual-Medo Social

Primeiramente uma nota por não poder atualizar o blog ontem. Culpa do trabalho. Se tenho algum leitor, peço desculpas neste momento. Tentarei manter a atualização diária.

Hoje eu falo sobre medo.
Não o medo que eu ou você sente de algo físico, concreto. O medo em questão aqui é o medo social. O que é isso? Explico.

Imagine todas as situações em que a forma como você enxerga a vida interferiu de alguma forma na forma como as pessoas agem com você. No jeito como as oportunidades são distribuídas, e você fica sem a sua. Do jeito como a piada é sensível e discretamente direcionada a você e ao seu jeito "diferente". E é o medo social que faz com que você deixe de ser como é e a cada dia desista de acreditar com a mesma intensidade de ontem,
no que você sempre julgou ser o certo.

Ontem senti o medo social.Tento evitar ao máxima frequentar o que chamo de templo formal do capitalismo. Um shopping center. Ali me vi acuado, por não ser consumidor, e não compactuar com a fúria do consumo. Preciso não comprar nada. Preciso ficar longe do abuso. Acho que muitos de você precisam. Mas é o medo que nos leva até lá e que nos força a ser o que não somos.

Como combater isso. Não sei. Se alguém sabe, por favor me diga.

Amanhã começa um novo conto. Não percam.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Toxicidade-Contos Sujos

O funcionário chega ao prédio da empresa às 8 e 30 da manhã. Ao entrar
no seu escritório, ou purgatório, seja lá como queira chamar, ele ouve
um "bom dia" característico do ambiente em que dá seu sangue: "Quero
aquele relatório sobre o qual te falei ontem no fim do dia, e
rápido!".

Pronto, um caloroso cumprimento para renovar a relação de

humanidade entre chefe e subordinado. Mais intenso que esse
cumprimento somente a despedida no fim do dia, onde os nervos
exaltados do chefe lhe dão poderes paternos de dar gritos de fúria e
"puxões de orelha" que remetem a infância do funcionário, época na
qual ele se julga agora verdadeiramente feliz.

Após deixar o prédio, o
funcionário vai pegar seu tranporte público para voltar pra casa.
Dentro do ônibus, ele tem um sonho acordado. Se imagina num dia
ensolarado e com céu limpo, onde possa pegar sua carta de demissão,
depois de ter surrado o chefe. "Seria bom", ele pensa, ao mesmo tempo
em que exibe um sorriso malicioso, sem perceber. Seria bom e surreal
para uma pessoa que tem uma família para sustentar.

Após o breve
sonho, o funcionário volta a sua realidade. Cansado, dentro de um
ônibus, esperando para chegar em casa e ligar a televisão na novela
das 20h, onde de certa forma seu sonho pode ser realizado, pois nela
existe um vilão que prejudica seus subordinados, e o funcionário sabe
que nas novelas os vilões costumam pagar pelo que fazem.

*conto enviado pelo um amigo do blog Arthur Figueiredo. Se você tiver seu conto sujo
mande também.

domingo, 4 de outubro de 2009

Negócios-Contos Sujos-Parte 3

Se voce não acompanhou a segunda parte ela está aqui em baixo. Se acompanhou manda bala na última desta história:

Enquanto virava-se, Jhon já tinha seu plano traçado. Seguiu pelo corredor da mesa da garota que o observava, fitando-a durante todo o trajeto. Ela o olhava vindo em sua direção, e seu olhar se transformara em desespero pois sabia que aquele homem vinha para a sua mesa. Corou-se rapidamente e a tensão tomara-lhe o corpo. O homem se aproximou da mesa e parou dirigindo-se a ela:

-oi! Faz tanto tempo que não nos vemos! Estava ali atrás conversando com um amigo e comentei que não a via tinha bastante tempo. Você não mudou nada.- a naturalidade de Baker convenceu até a garota. A Jovem Claudice, respondeu ainda atônita:

-é, é verdade que não nos vemos. Mas estou estudando fora. Tenho vindo pouco a cidade.
Baker respondeu colocando a mão dentro de seu fino paletó:

-Olhe, mudei o telefone da agência de empregos. Pegue o meu contato. Aquela vaga que você queria foi ocupada, mas já que você está estudando podemos verificar novas oportunidades.


Claudice pegou o cartão e guardou-o em sua bolsa. Baker se despediu da mesa, virou-se e seguiu em direção a rua. Ao sair do restaurante carregava um sorriso em seu rosto. Era leve. Dois dias depois seu telefone tocava no meio de seu almoço corrido. Ele atendeu com pressa, mas não conseguiu identificar o número. Perguntou curioso.
-Alô, quem fala? Aqui é Jhon Baker.

-Olá senhor Baker, aqui é Claudice. O senhor me entregou o seu cartão.

Claudice estava sozinha em casa naquela tarde.







sábado, 3 de outubro de 2009

Negócios-Contos Sujos-Parte 2

Se você não acompanhou a primeira parte ela está aqui em baixo. Se acompanhou manda bala na segunda:


Começou a descaradamente encarar a garota, enquanto olhava seus balanços. A garota almoçava, até que um primeiro olhar se cruzou. Jhon não tirou os olhos, mas ela timidamidamente mudou a direção para os seus pais. Neste momento o russo chegara.
- Olá senhor Baker - disse Jorg enquanto se sentava.

-Como vai Jorg. Ouvi falar muito bem de você e de seus produtos-Jorg assentiu com a cabeça, e demonstrou satisfação com o comentário.

-a sim. Prezo pelos meus negócios senhor Baker. Mas enfim, vamos aos negócios. Meu carregamento chega amanhã. Quero saber quando acertaremos o combinado.

Enquanto escutava o russo, Baker olhava para a garota. Ela entrava no jogo e cada vez mais se insinuava. Os olhares era cada vez mais furtivos. O russo continuava calmamente.

-Pretendo receber o quanto antes, pois também tenho meus fornecedores senhor Baker-disse de forma rígida. Jhon ouviu com tranqüilidade enquanto continuava seu joguinho.

-Você vai receber amanhã mesmo-direcionando seu olhar para o russo-amanhã um de meus funcionários irá até seu banco e irá transferir a quantia para sua conta. Entrarei em contato assim que o depósito for efetuado. Pretendo fechar mais negócios com você. Não costumo trabalhar desta forma.

-Claro senhor Baker. Estamos acertados. O carregamento estará disponível amanhã à noite.
Baker voltou a responder olhando para a garota, que também o olhava agora de forma insinuante.

-ok Jorg. Quer almoçar?

-Claro, o que vai querer?-respondeu o russo cordialmente.

-Eu nada. Tenho que ir. Tenho que tratar de negócios. Não poderei almoçar hoje antes das quatro da tarde. Muitos compromissos meu caro.- falou rapidamente enquanto apertavam as mãos.

Jorg respondeu:

-claro. Qualquer problema com o pagamento ou com a entrega, aviso imediatamente.

-até.

-até, senhor Baker.

continua...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Negócios-Contos Sujos-Parte 1

O encontro com o negociador de armas havia sido marcado para a hora do almoço. O local era o Mambos, o mais caro restaurante do centro do Big City. Jorg Markov era uma figura que se destacava na multidão. Com mais de um metro e noventa de altura, e uma inconfundível carranca russa, botava medo em todos os principais bandidos da cidade. Jorg trazia um carregamento de semi-automáticas diretas de Minsk, na Geórgia.

As armas haviam sido interceptadas durante uma operação de movimentação de tropas russas na área dos Balcâns. Um comerciante local entrou em contato com Jorg, oferecendo parte da carga por uma baba. O russo não pensou duas vezes. Comprou tudo. Porém, se contato na Europa não se comprometeu a fazer a entrega, e a logística não seria fácil. Mas Jorg pensou rápido. Dentro de um contêiner colocou caixas de aço maciço ao redor do carregamento de armas, o qu confundiu os sistemas de rastreamento do porto de Praga. Estava resolvido. O material havia sido embarcado e já estava a caminho.

Jhon Baker aguardava ansioso na mesa, pois já sabia da ficha corrida do contato. Enquanto esperava, Baker degustava um espumante e avaliava parte de suas finanças, que por ocasião estavam bem. Na ala leste da cidade, Baker mantinha um cassino, o Royale e ainda tinha um puteiro, o La Marija. Seu outro negócio, as armas, é que tinha que melhorar. Clientela não lhe faltava, mas Baker não conseguia um bom fornecedor e foi muito reticente em marcar o encontro com o russo.

Mas ele sabia que só Jorg era capaz de entregar o melhor produto, dentro do prazo marcado. Ao mesmo tempo que observava os papéis em sua mesa, Baker reparava na família que almoçava em uma mesa pouco a frente da sua. Ou melhor, ele reparava na filha do casal. Calculava 20 anos ou pouco mais. Para ele, e seus 35 anos, estava bom demais. Loira, com os olhos claros e a pele lisa, parecendo uma boneca. Seus pensamentos foram os piores possíveis:
- Se bobiar, ainda está zerada. Mas com esse olhar... matreiro aposto que não. É o que eu preciso, é disso que eu preciso.

continua...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Teoria da Polarização dos Problemas

O cara chegou no escritório e a pilha de papéis em cima da mesa já era grande.
Ontem, quando saiu não tinha nada. Tudo resolvido.Tudo feito. O que aconteceu? Ele procurou saber rapidamente indo ao seu chefe imediato.
- consegui resolver tudo ontem. Por que já tenho tanta coisa hoje? Porra, assim fica difícil. Eu resolvo os problemas, e ganho... mais problemas.
O chefe olhou surpreso.
- isso é um prêmio por sua eficiência. Você é meu braço direito, preciso que você resolva isso por mim. É um único em que confio.
O empregado não engoliu. Eficiência deveria trazer filé mignon. E não mais uma penca de problemas.
Ao lado, seu colega de trabalho batia um bife, tranquilamente. O dia ainda seria longo.

Não adianta chorar, nem espeniar. Se você resolve problemas você tá fudido.
Os problemas se canalizam de tal forma que independente da sua vontade vão parar no seu colinho. E enquanto isso? O filé mignon fica pronto ao lado.

Abraço efusivo e amanhã tem postagem de conto. Não percam.

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