sexta-feira, 19 de março de 2010

Cultura Suja - O Estranho Imperfeito

Rebelde. É essa a imagem que Johnny Depp transmite. Ou pelo menos é a imagem que a imprensa vende. “O Rebelde do Cinema” curiosamente começou sua carreira artística como músico. Ganhou a primeira guitarra na adolescência e a partir daí fez parte de algumas bandas, chegando a abrir shows para artistas renomados como Iggy Pop.

Inibido. Depp, segundo ele próprio, foi um cara de auto-estima baixa e perdido na adolescência. As garotas o achavam estranho e ele já inclusive declarou se identificar muito com o personagem Edward Mãos-de-Tesoura, protagonista marginalizado do filme clássico de Tim Burton, com que Johnny firmou uma parceria fiel desde a década de 1990. Inimigo confesso dos holofotes, o ator não gosta de aparecer em público e demonstra sua timidez nas entrevistas. Recusou vários papéis consagrados no cinema por não querer se vender, e vivendo bem ao estilo Jack Kerouac, despreza o glamour de sua profissão até hoje.

Talentoso. Johnny é versátil e já interpretou diferentes tipos de personagens. Porém permaneceu “oculto” por escolha própria, até a febre de “Piratas do Caribe”. Antes disso fez alguns filmes bem interessantes, principalmente com Tim Burton, mas não foi aproveitado como deveria. Destaque para “Don Juan deMarco”, “Tempo Esgotado”, “Medo e Delírio”, “Chocolate” e “Profissão de Risco”.

Tim Burton. O diretor foi sem dúvida um diferencial na vida de Johnny Depp. Segundo ele próprio, o cineasta o salvou de ser “mais um pedaço de carne hollywoodiano”. Fizeram vários filmes juntos, todos de qualidade. Destaque é claro para “Edward Mãos-de-Tesoura”, “Ed Wood”, “A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça” e “Sweeney Todd”. Sempre com personagens bizarros e deslocados, ator e diretor mostraram como ser diferente pode ser uma vantagem, tanto na vida real quanto na ficção.

Arthur Viggi

2 comentários:

  1. Eu sou fã do Johnny Depp...
    é sempre bom lembrar de seu talento. E por falar nisso, preciso ver "Medo e Delírio", que já me foi altamente recomendado.

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  2. cara, me identifico muito com o JD. Justamente por querer sair um pouco do falso glamour, das amizades superficiais que o mundo enquanto "midia" oferece. É estranho perceber que em escala macro, nem todos vejam naquele life style o "vencer na vida". Como bem dito, o que o JD me parece que querer é realização. E isso necessariamente não está ligado ao que as pessoas pensam sobre ele

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