domingo, 31 de janeiro de 2010

Imagem Aqui - O Haiti nunca foi ali - Conheces Omayara?



O mundo anda em polvorosa. As relações no macro atingem um nível dramático. Só no Haiti, centenas de milhares sentiram o mundo cair. E nós, espectadores do oeste, assistimos ao desenrolar grudados na TV e na Web. Ontem foi um dia bonito para a esperança.

Depois de duas semanas, um homem soterrado em Port du Prince foi resgatado com vida. Um mistério que a ciência oficial pena para explicar ou talvez seja a exceção que confirma a regra científica. Disseram que ninguém sobrevive cinco dias sem água e sete sem comida. Algum corpo do terceiro mundo sobreviveu quinze!

Hoje, vemos com simplicidade o que é a globalização. Entretanto, a imagem que abre nossa conversa pode ser considerada uma das primeiras faces da mundialização do drama humano real e ao vivo pelo mundo eletrônico. A década de 1980 é marcada por um grande avanço tecnológico, principalmente, no que diz respeito às mercadorias domesticadas.

Foi por ali que a TV em cores se tornou vedete, fitas K7 saíram do primeiro mundo e povoaram todos os possíveis, o vinil avançou até ser sucumbido no final pelo CD, o vídeo-cassete trouxe o cinema para dentro de nossa casa, o cabo surgiu como alternativa, as estrelas de Holy foram para o Olímpio, os satélites passaram a voar ainda mais longe, o vídeo-game entorpeceu milhões, o computador foi transformado em microcomputador ou PC (Portatil Computer) e exibido durante o Super Bowl e consumido nos shoppings da América e Tóquio.

E a mídia foi a mãe de todos esses fenômenos fantásticos que nos trouxeram a novidade.

Esta foto foi retirada de um site. Comunhão de informação, dor e resistência. A sessão se chama “Fotografias que fazem parte da história”. O texto que segue, é original e me comoveu como há muito não me sentia. Então, shhhh!!! Segue:

Omayra Sanchez foi uma menina vítima do vulcão Nevado del Ruiz durante a erupção que arrasou o povoado de Armero, Colômbia em 1985. Omayra ficou três dias jogada sobre o lodo, água e restos de sua própria casa e presa aos corpos dos próprios pais. Quando os paramédicos de parcos recursos tentaram ajudá-la, comprovaram que era impossível, já que para tirá-la precisavam amputar-lhe as pernas, e a falta de um especialista para tal cirurgia resultaria na morte da menina.

Omayra mostrou-se forte até o último momento de sua vida, segundo os paramédicos e jornalistas que a rodeavam. Durante os três dias, manteve-se pensando somente em voltar ao colégio e a seus exames e a convivência com seus amigos.

O fotógrafo Frank Fournier, fez uma foto de Omayra que deu a volta ao mundo e originou uma controvérsia a respeito da indiferença do Governo Colombiano com respeito às vítimas de catástrofes. A fotografia foi publicada meses após o falecimento da garota. Muitos vem nesta imagem de 1985 o começo do que hoje chamamos Globalização, pois sua agonia foi vivenciada em tempo real pelas câmeras de televisão de todo o mundo.

Foto de Frank Founier

Jota de Oliveira

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