segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Culto e Grosso-Curso de Neuroinformática: Módulo 1 (O Cérebro)




"Feed your head." Dormidongo em Alice no País das Maravilhas.

Imagine que você compra um computador e liga ele na internet. Terás acesso a uma enorme rede de informações diversas, quase ilimitadas para a nossa capacidade de compreensão. Quem consegue vislumbrar a internet como um todo? São tantos dados e informações que se de alguma forma você recebesse tudo de uma só vez no seu computador, uma descarga de bytes, poderia gerar uma força explosiva que num milissegundo sua máquina iria se desintegrar em confusão eletrônica.

Isso é um exagero e não teria como acontecer, mas se permita pensar nesta extrapolação da realidade. Voltando ao básico, tens seu computador zerado e um firewall instalado que bloqueia conteúdo. Bloqueia vírus, mas podes configurar para bloquear diversos tipos de informações. Por exemplo se este computador for para a sua empresa e você não quer seus funcionários distraídos, pode bloquear o acesso de sites em geral, permitindo a execução de algum site específico para as funções que ele terá que estabelecer.

Pegue isso tudo que eu disse e vamos para uma fraca, porém funcional, metáfora de como funciona nosso cérebro. Temos nosso corpo que é uma máquina potente, com a capacidade para absorver milhares e milhares de anos de conhecimento e sabedoria humana, desempenhar diversas funções, temos para alguns que crêem na metafísica até mesmo um espírito que tem a capacidade de se expandir além das estrelas, mas nascemos com uma vida zerada.

Aos poucos vamos aprendendo informações importantes para a existência e não só para isso, vamos evoluindo nos mais diversos campos, úteis ou não. Com tantas possibilidades existênciais que temos acesso, o que irá limitar nossa base de vida será nosso cérebro. Imagine se de alguma forma entrassemos na rede inconsciente de conhecimento universal de uma só vez. Para os metafísicos seria virar parte do universo. Para os céticos seria uma calibragem extrema de informações que os circuitos eletrônicos de nosso corpo não poderia comportar.

Nosso cérebro então é o firewall de nossa existência. Abrir a mente seria deixar que novas sinapses fossem feitas aumentando a comporta que se liga na rede citada de informações.

Existem diversas formas de abrir a mente; leituras, artes em geral, estudos teóricos, experiências de vida, novos trabalhos, mudanças do cotidiano, alguns utilizam drogas para isso, mas voltando ao computador, vejo as amplificações da mente através de elementos exteriores químicos ou naturais como se instalassemos um plugin no firewall do computador, não abrir suas regras apenas, por isso voltamos mais tarde em um módulo mais avançado neste tema. Por enquanto se fixe no conceito.

Nosso firewall corporal precisa ser aberto. Quando queremos visitar novos sites e ter acesso a novas fontes da internet precisamos quebrar regras que estão no programa, regras que bloqueiam este acesso, em nossa vida podemos chamar estas regras de paradigmas.

O firewall do computador é construído por engenheiros de software, o nosso firewall é programado por engenheiros também. Engenheiros sociedades, engenheiros religiões, engenheiros mitologias, engenheiros opiniões alheias, engenheiros diversos. Algumas programações podem acabar só desviando para um caminho interessante, podem servir de apontamento para chegar a certo local, o problema são as regras de simples bloqueio, ainda mais quando motivadas por interesses de alguém.

O computador que encontras em um colégio católico pode ter o acesso a sites filosóficos ou biológicos vetados, pois não é de interesse dos chefes de tal instituição que seus alunos descubram informações que vão contra o que eles pregam. Troque isso por nosso cérebro e o exemplo vira auto-explicativo.

Esta introdução é bem simples, serve apenas para explicar onde quero chegar. Mais uma vez, abra sua mente. Mas não queira ter acesso a tudo ao mesmo tempo. É importante buscar informações e experiências de vida, mas se você não planejar bem como conseguir seus objetivos de conhecimento e sabedoria, poderá ficar perdido no meio de tantos sites e databases de informações.

Poderá queimar seu computador, poderá ser ludibriado a instalar aplicativos errados, poderá pegar vírus, poderá ter sua memória apagada, use qualquer idéia de falência informatizada e faça sua associação com possibilidades que todos vocês sabem podem ocorrer em nossa vida real. Desculpem as comparações estilizadas e de pouca fundamentação, a idéia foi passada. Acessem o código fonte do firewall e comecem a estudar as regras que estão ali e como ir abrindo o seu computador para um mundo amplo de possibilidades. Esta é a base dos hackers da mente.

Ismael Al. Schonhorst

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