sábado, 19 de dezembro de 2009

Cultura Suja-O crime é a doença e o cinema é a propaganda


Filmes como Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Tropa de Elite, de José Padilha, fazem parte de uma tendência que nos lembra o ciclo vicioso televisivo. Se você notar bem, os maiores blockbusters brasileiros tratam do tema “violência”.

Na contramão dessa corrente, Walter Salles parece ser um diretor que busca outras tendências, fugindo do geral e se voltando para o aspecto pessoal e para as relações humanas. Em seus filmes os problemas sociais são retratados como pano de fundo. A história em si acaba envolvendo muito mais o expectador do que o contexto em que está inserida. “Central do Brasil” e “Abril Despedaçado” são realmente comoventes.

Não se busca prioritariamente nestes filmes fazer uma crítica à identidade brasileira, e sim relatar uma história particular, que com certeza representa um percentual da população, mas que tem sua própria identidade.

Essa tendência do cinema nacional sempre me gerou uma certa revolta. Parece que o brasileiro se orgulha dos problemas sociais do país, já que faz filmes sobre isso ou idolatra personagens como o Capitão Nascimento.

É claro que cinema é cinema, independentemente do tema de que trata. Mas por que falar apenas dos aspectos negativos do Brasil? Se for pra expor a identidade do país, que exponham também os aspectos positivos na mesma proporção. Há pouco tempo Robin Williams soltou uma piada em entrevista, dizendo que as Olimpíadas serão sediadas no Rio pelo fato de este oferecer pó e prostitutas.

Provavelmente ele deve ter assistido “Cidade de Deus”.


Lilly Rose

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