quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Contos Sujos - Convites - Parte 1


Ao contrário do natal, o fim de ano em Big City sempre foi agitado. Os poucos que ficavam BC não tinham mais nada a perder. Não costuavam ter família ou amigos. Os bares que levantavam as portas, ficavam cheios dos piores tipos.

Festas nas áreas centrais da cidade agitavam os que tinham pouco dinheiro para comemorar. Mas não havia uma, em que não houvessem bebidas em grandes quantidade, e drogas dos mais diversos tipos. Quem ficava, queria se desligar da realidade de alguma forma.

Na área sul da cidade, ficavam as grandes mansões de negociadores, empresários, golpistas e traficantes. Para estes ficar em Big City nesta época era obrigação e garantia de lucro fácil. A procura por entorpecentes era tão grande, que até o preço de produtos de qualidade duvidosa eram inflacionados.

Cat, o vendedor de tablets nunca havia ganho tanto dinheiro na vida. A semana tinha sido de muito trabalho. Viciados ligavam a todo o momento. Mesmo com Jhon Baker controlando o tráfico na cidade, não houve como recusar tantas propostas.

Depois do episódio da rua, em que quase havia sido pego pela polícia, tentou ser o mais discreto possível. E mesmo assim, antes do fim da semana já havia vendido todo o estoque de tablets que tinha guardado em seu apartamento. Tinha mais de 6000 dólares guardados, em dinheiro vivo. Com aquele dinheiro, poderia comprar muito mais droga.

Não reparou, enquanto fechavasua contabilidade, o envelope que havia sido jogado por debaixo de sua porta.

Foi até a porta e pegou o envelope. Não havia nenhuma inscrição do lado de fora, apenas uma etiqueta de lacre, fechando o conteúdo. Abriu e analisou papel que havia dentro. Era bem ornamentado, com dizeres simples:

“Você está convidado para a festa de fim de ano na Mansão Dodger. Não é necessário confirmar presença. Traje obrigatório: smoking. Apresentação indispensável do convite”.

As maiores festas de reveilon eram na mansão Dodger. A fama já vinha de anos. Cat nunca tinha ido a nenhuma delas. Escutava boatos de que bebidas, jogo e prostitutas eram os principais atrativos da festa. Drogas eram liberadas, mas por conta de cada convidado. Não havia como recusar uma proposta como essa. Porém o que Cat pensava era por que havia sido convidado, e quem tinha interesse na presença dele. Ainda sim, era irrecusável.

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