segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Culto e Grosso-Olhava vaginas e via pétalas. Percebeu que estava fadado ao fracasso, seria poeta




Muitos jovens hoje em dia acham que ser ranzinza é um mérito, como se da velhice, aonde miram a desejada aparência de maturidade, se tirasse apenas as reclações da vida.

Não percebem que esta maturidade vem pelo bom e pelo ruim, e sábio é quem consegue extrair percepções das experiências que passam. Tropeçam então mais nos ranços do que nos avanços.

Tive minhas fases diversas. Em certos momentos eu quis tomar os maiores goles de tudo o que aparecia. As maiores bocadas. Achei que deveria viver uma vida experimental para experimentar a vida. Em outros momentos achei que a sabedoria e a inteligência é que contavam.

Novamente estava caminhando pela via dos excessos e exageros, mas aportando nas terras da arrogância pura e simples, sem aproveitar o que é de melhor oferecido neste belo porto, desenvolvendo apenas ego, não externalizando os aprendizados.

Percebi que se deve viver e ler, e também ler e viver. Leitura não falo apenas de livros, mas das visões dos outros mesmo. Cada pessoa tem uma história, algumas tiram mais proveito, outras preferem andar por aí como se tivessem passado por uma lobotomia.

Mas por pior que seja o jeito de viver do outro aos teus olhos, não deixa de ser uma pulsação, anêmica ou grandiosa, ainda é uma pulsação. Não estou pedindo que percebam todos como iguais, ou que achem correto tudo o que é dito. Falo para serem os mais críticos possíveis, em tudo, contra todos. Choquem, mas também critiquem o que está dentro de vocês.

E construam um algo interno, ao seu tempo, de sua forma, sendo fiel ao que mais importa, vocês mesmos. Cansei de em certas horas deixar de me expressar, principalmente através de meios que não se apagam, como por exemplo textos e ações, por medo.

O medo de que hoje esteja com pessoas que não gostem de explosões, ou amanhã esteja interessado em uma guria que não goste do meu blues, e depois esteja querendo o contato de alguém que queira a cor aonde vejo cinza, ou cinza aonde vejo a cor. Mas se não sou fiel a mim mesmo, serei a quem? Não conheço o mundo.

Não o suficiente para achar que posso definir o que é certo ou errado, ou saber com exatidão o que passarei, o que pensarão, ou que devo viver ou não. Então sigo aos meus instintos e raciocínios. Errados? Descobrirei.

Não levem sempre tudo tão a sério. Sejam sim rebeldes e malditos, mas percebam que aos 20 e poucos anos estamos apenas em uma espécie de começo da viagem de Bob Zimmerman e Tom Sawyer.

Ismael 'Fly' Al. Schonhorst

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