sábado, 8 de maio de 2010

Cultura Suja - O Dessacralizado Matrimônio

Estou bêbado neste momento e talvez minha posição a respeito do tema tratado nesta Coluna seja duvidosa. Antes de estar bêbado, decidi que falaria esta semana a respeito de uma instituição denominada Casamento. Sendo um hábito milenar, tal como a religião, acredito que esta instituição seja tão forte quanto o ato de acordar para trabalhar. Por que temos que viver com falsos ideais de felicidade e respeitar regras de uma sociedade altamente mutável e cínica? Se você fosse um árabe poderia ter várias esposas, então por que não pode viver na sociedade ocidental e escolher ter uma vida com várias mulheres, sem se entregar ao vulgar matrimônio?




Vemos muitas famílias infelizes, com mulheres e homens infelizes que fazem seus filhos infelizes mantendo uma relação duvidosa e tão inveterada quanto um vício. Se não houvesse o compromisso do casamento, seria mais fácil terminar e tentar outra relação, sem ter que pular a barreira da consciência e da burocracia construída por uma cultura a qual muitas vezes você critica. Procure no Google "frases sobre o Casamento" e você achará muitas verdades inconvenientes a respeito do sagrado matrimônio, que já foi dessacralizado devido a maior independência das mulheres (e de homens) no atual mundo da racionalidade. Já dizia o filósofo e intelectual Arthur Viggi: “O casamento foi inventado para que as pessoas consigam enxergar o quanto já foram felizes um dia.”


Hoje você vê muitos casamentos passageiros, o que quer dizer que a maior liberdade que se têm atualmente produz escolhas sensatas que são a verdadeira chave para a felicidade. Não quer dizer que todas as pessoas que se casam são infelizes, só quer dizer que este texto critica o casamento. Não sou corno nem divorciado, mas baseio minhas opiniões em experiências de vida e arrisco uma tentativa de polemizar uma instituição da qual não participei e talvez nunca participe. Já dizia a filósofa e intelectual Isabelli Fontana: “Depois que a gente se casa, o casamento se destrói”. Não imagino como o casamento pode ser destruído antes de acontecer, mas tudo bem, acho que entendi o que ela quis dizer.


Talvez essa seja apenas uma opinião de um bêbado infeliz que vai estar arrependido de ter dito isso amanhã ao acordar. Talvez não. Mas na minha visão, as pessoas, por mais que estejam apaixonadas e quimicamente conectadas, sempre vão perder o “fogo” ao dividirem o mesmo espaço e os mesmos problemas. Você pode escolher entre ter um falso sentimento primitivo de amor eterno que no final apenas favorece a reprodução e a amizade, ou escolher uma vida feliz e descompromissada de solteiro, frequentando todos os lugares que quer e sem se preocupar em mostrar para a sociedade que você é um cara padrão com um documento assinado. Esse texto está longe de ser uma lição cult e rebelde, apenas representa a realidade da forma como um autor bêbado a vê. O que você acha? A pergunta não se refere ao fato de eu estar bêbado, mas sim ao fato de que você leitor pode expressar sua opinião a respeito do texto ou do autor, que pode estar bêbado ou não.

Arthur Viggi

3 comentários:

  1. Estamos em um tempo de conflito, as gerações mudam de idéias, contrariando os parâmetros antes adotados como corretos. Aí nos encontramos em traições e insatisfações cotidianas. O que nos faz refletir no sentido da vida, na busca do desejo, do prazer/satisfação em tudo e qualquer ato. Estamos em um meio de amostra de gente de todos os tipos e acredito que o conflito dos relacionamentos está dentro de nós, por não termos uma visão clara da vida, ao aceitar o que causa o conflito e o que de fato o faria resolver.
    São dois universos distintos, o homem e a mulher e essa é uma realidade que deve ser encarada. Deve-se ter o discernimento ao escolher o parceiro com quem vai se casar, química é fundamental, mas somente ela nao vai sustentá-lo. Afinal, a proximidade, o acompanhamento dos problemas, leva a uma amizade.
    Agora sobre ser eterno, sobre sustentá-lo quando já se percebe que não tem como, é orgulho, ilusão e faz mal a todos. E casamentos breves, que nem tentaram passar as primeiras dificuldades juntos e já desistiram também, aí já é covardia, ilusão achar que vai conseguir algo sem passar por dificuldades. Aí nos deparamos com extremos, esse vício de extremos. Tal como na religião, as pessoas adotando o ceticismo e o dogmatismo. São duas opções mais fáceis, porque não nos levam a reflexão real, meditação sobre o assunto como um tema que precisa ser resolvido.
    Também acredito no relacionamento como uma evolução, fora disso, não faz sentido. Se já tentaram, não tem como, empregos em áreas distintas, estão evoluindo para caminhos diferentes, com interesses diferentes e que ao invés de aproximar os parceiros com admiração e interesse sobre a vida e idéias do outro está afastando, causando brigas, situações de impasse, deve terminar antes que surja o ódio, não?
    Bom, não sei se passei tudo o que penso, ou se está de maneira confusa, se deveria organizar mais as idéias, mas enfim, tenho que trabalhar amanhã e tô sem sono, mas não estou bêbada, rs.
    =)
    Acompanho o blog...

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  2. Curti o texto. Também acho que a instituição do casamento esteja totalmente ultrapassada, mas ainda acredito no companheirismo de casais que vivem junto há muito tempo e constróem muita coisa juntos, não sei. Não sei direito o que penso sobre isso, na verdade. Apenas vim elogiar a maneira sincera com que os assuntos são tratados no blog. Adoro a linguagem de vocês, que vai do humor sutil a verdade escrachada de forma bem original. :)

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  3. Eu pensava que era feliz solteiro frequentando os lugares que eu bem entendia e fazendo o que bem queria, pois conheci a minha esposa nessa vida que eu vivia e fui levando,agora somos casados e temos uma família linda, então olho para trás e vejo o quanto eu era enganado com os falsos prazeres da vida, não que não haja desentendimento nas nossas vidas. Será que foi uma questão de química, paixão ou foi sorte mesmo?

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