
Se você não está acompanhando este conto, a primeira parte está logo aqui em baixo. Se está, manda bala na segunda!
A voz subtamente sumiu e as luzes se acenderam. Mold continuou caminhando, mas aquilo só o fez ficar mais receoso quanto ao que poderia encontrar do outro lado do portal. Enquanto caminhava pelo salão, as luzes se acenderam. O grande hall em arquitetura clássica foi revelado. No fim do salão, de uma porta entreaberta, vozes pareciam discutir algum assunto que a princípio foi impossível de ser reconhecido.
Continou caminhando enquanto observava cada detalhe. Em cima do segundo portal, um outro detalhe lhe chamou a atenção. Um busto de Henry David Thoreau estava esculpido com traços perfeitos. Provavelmente fora feito por algum artista de renome.
Ao lado pinturas modernistas, contrastavam com a arquitetura clássica do lugar, o que no fim dava um ar gótico a tudo aquilo. Ao lado da imagem de Thoureau, uma de suas frases mais célebres estava grafada em letras douradas, no que parecia ser ouro:
“Não me dê amor, não me dê dinheiro, não me dê fama. Me dê apenas a verdade.”
Mold finalmente cruzara o portal enquanto pensava na loucura que aquele lugar parecia representar. O ambiente de dentro estava mais escuro. Na verdade, a luz estava a meio tom, de forma que a face das pessoas que ali estava não poderia ser identificada com precisão.
Pelo menos 50 pessoas estavam sentadas numa espécie de salão circular. No centro, um grao-mestre, acompanhado de outros subordinados em forma de hierarquia conduzia a cerimônia. Mold entrou em um momento tenso. Um dos convidados parecia ser sabatinado pelo líder:
-a quanto tempo você desconfia?
-há muito tempo. Pelos menos um ano – disse o subordinado
-não fez nada para mudar esta situação?
-não
-porquê? – perguntou o grão mestre
-é minha mulher, será que você não entende?
Houve desconforto dos demais presentes. Mold percebeu, que pela maneira como se comportavam os vultos, apenas homens estavam no lugar. O líder continuou:
-você se sente confortável em viver diante da eterna desconfiança?
-claro que não, se soubesse como eu me sinto,não estaria me perguntando isso...
-estou lhe oferecendo ajuda. A sociedade pode lhe ajudar. Você deseja ser ajudado?
-como? Você só pode estar louco...
-A Sociedade pode lhe dar a verdade. Se não quer a verdade, é melhor que você se retire agora, não mais volte ou comente que um dia esteve aqui.
continua...
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