quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Imagem Aqui - Fino do tosco


A estética do bizarro vem se popularizando de forma sagaz. Alguns já estão no mainstream da internet. Todos as razões para este fenômeno são expostas em cores, interpretações constrangedoras, efeitos visuais surreais e músicas que colam mais que chiclete.

Particularmente, sou um admirador assíduo do bizarro. Não aquele que se propõe a ser algo. Mas aquele maroto, que tem o objetivo de ser o fino do tosco. E não é fácil produzir algo que seja genuinamente bizarro, pois em algum momento, o criador sente a necessidade de dar um toque de sofisticação, que acaba com a originalidade da obra.


Por outro lado, ainda há muito preconceito. Mas se olharmos a história da arte, percebemos que normalmente o que é muito diferente da época é rotulado. Claro, a intenção aqui não é comparar ou igualar uma coisa à outra. O que vejo como ponto primordial nessa história é saber diferenciar o tosco do mal produzido.

No primeiro, a falta de recursos, o mal gosto, a produção realizada de forma mambembe e outros tipos de “problemas” podem ser considerados parte da estética, ou do produto. Já na segundo caso não. Aqui existe a necessidade de atender a um padrão estético e visual que segue o que temos como um senso comum de qualidade.


Materialize isso como o padrão Globo de produção, a indústria cinematográfica hollywoodiana ou qualquer coisa que esteja em comum acordo visual e referencial com você. A diferença é sutil, mas é claro, é possível de ser identificada. É só perceber que existe muita coisa aí que não pretende ser boa. Pelo menos não como nossas convicções estão acostumadas a apreciar.

Marc Balender

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