terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cultura Suja - Indicação - Charles Bukowski

Particularmente nunca gostei de heróis perfeitos, cheios de virtudes e de moral convencional. Quando no colégio, o primeiro livro que realmente gostei foi Macunaíma. Talvez por que o herói tinha pouco do que é considerado heróico.

Vivia dando uma de malandro e soltando balão em todo mundo. Depois conheci outros autores, que tratavam o ato heróico de outra forma, ou simplesmente desdenhavam dele. É o caso desse cara aí em cima.

Primeiro e mais importante: não sou crítico literário. Segundo: estou dando uma dica. Terceiro: você tem todo direito de discordar e cagar para o que eu vou falar adiante. Isso porque, se algum dia você já pegou um livro de Charles Bukowski para ler pode ter tido uma experiência, digamos, traumática. E sim, eu vou falar bem dele, especificamente desta obra.

Os temas de Bukowski são variados. Vão da bebedeira à completa falta de noção. Jogos de azar, putas, cafetões, violência são alguns de seus assuntos preferidos. Até então, tinha lido outras obras dele. Mas essa realmente tem me chamado a atenção para a riqueza de detalhes. E para os fatos descritos.

A leitura corre fácil. São contos. 10 a 12 páginas de histórias. A princípio, todas as histórias são verídicas. Comprei este livro depois de assistir o filme, que leva o mesmo nome. É uma das coisas mais bizarras que já vi.

Mas ao mesmo tempo, para quem é amante do que é sub, do que é feio, e do que é chocante, vale a pena.

Algumas histórias envolvem fatos realmente pesados que até para quem está acostumado com ele fica um pouco estranho. Mas não vou falar sobre cada conto, pois ficaria chato. Só digo uma coisa. Se você encontrar este livro, sugiro que você compre.

Amanhã tem o curta da Inhamis Filmes sobre Charles Bukowski.

Um comentário:

  1. Ótima sugestão.
    Já havia me deparado com o nome antes mesmo de saber quem era, em letras de canções, citações e etc.
    E, recentemente me deparei com a biografia escrita pelo inglês Howard Sounes denominada: Charles Bukowski - Vida e loucuras de um Velho Safado".

    Fica a célebre frase "quem não quer matar seu pai?"

    Do caralho MESMO!

    ps: Marginal genial por marginal genial, fica a pedida pra citarem/lembrarem o Glauco Mattoso.
    Até mais!

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...