
Pra começar, o cara foi internado num hospício três vezes durante a adolescência. Entrou pro movimento hippie nos anos 70, fazendo música junto com Raul Seixas e embarcando fundo no mundo das drogas. Foi seguidor de Allister Crowley e da “Sociedade Alternativa”, sendo que seu fascínio pelo ocultismo foi tal que gerou um livro chamado “O Manual Prático do Vampirismo”, publicado em 1985, que Paulo mandou recolher por não ter gostado nem um pouco do que escreveu. Ah, e é claro, pra não ficar nenhuma lacuna Cult, ele teve relações homossexuais para depois descobrir que não era gay.

Mas se falam tão mal dele, como o cara vendeu tantos livros? Ele não pode revelar um grande talento pelo menos na forma de escrever suas histórias? Podem falar tudo de ruim a seu respeito, mas Paulo Coelho soube partir o seu pedaço do bolo. E não importa se esse bolo é a mistura de elementos pagãos e cristãos, se é um bolo que já foi digerido por outra pessoa e recolocado à mesa. “O Alquimista” já vendeu 65 milhões de cópias no mundo inteiro, é recomendado em universidades e escolas dos mais diversos países (curiosamente, o Brasil não é um deles). Até a Madonna gosta dos livros do sujeito.

Tem que se tomar cuidado pra não ser infectado pelo vírus do anti-modismo e da falsa personalidade. Não é porque um produto esteja na moda que ele vai deixar de estar à altura de seu intelecto. Você não precisa se fechar no quarto e botar discos de música clássica pra tocar na sua vitrola, amaldiçoando seus contemporâneos que curtem o “Rebolation”. Se você se diz Cult o suficiente pra não gostar de Paulo Coelho, eu digo que sou mais Cult que você, pois vou ler o livro despretensiosamente, sem o compromisso de ser diferente. E já que falar mal do Paulo Coelho é ser Cult, você não é mais Cult, pois isso já virou modismo. Agora, eu que não critico e nem me preocupo com isso, virei Cult. Bem-feito!

Mas se falam tão mal dele, como o cara vendeu tantos livros? Ele não pode revelar um grande talento pelo menos na forma de escrever suas histórias? Podem falar tudo de ruim a seu respeito, mas Paulo Coelho soube partir o seu pedaço do bolo. E não importa se esse bolo é a mistura de elementos pagãos e cristãos, se é um bolo que já foi digerido por outra pessoa e recolocado à mesa. “O Alquimista” já vendeu 65 milhões de cópias no mundo inteiro, é recomendado em universidades e escolas dos mais diversos países (curiosamente, o Brasil não é um deles). Até a Madonna gosta dos livros do sujeito.

Tem que se tomar cuidado pra não ser infectado pelo vírus do anti-modismo e da falsa personalidade. Não é porque um produto esteja na moda que ele vai deixar de estar à altura de seu intelecto. Você não precisa se fechar no quarto e botar discos de música clássica pra tocar na sua vitrola, amaldiçoando seus contemporâneos que curtem o “Rebolation”. Se você se diz Cult o suficiente pra não gostar de Paulo Coelho, eu digo que sou mais Cult que você, pois vou ler o livro despretensiosamente, sem o compromisso de ser diferente. E já que falar mal do Paulo Coelho é ser Cult, você não é mais Cult, pois isso já virou modismo. Agora, eu que não critico e nem me preocupo com isso, virei Cult. Bem-feito!
Arthur Viggi
Mandou bem Arthur.
ResponderExcluirTexto muito verdadeiro e divertido.
Já li alguns livros desse camarada. Confesso que não gosto nem um pouco do estilo de escrita dele. Ao mesmo tempo adoro todas as parcerias dele com o Raul. Acho genial.
ResponderExcluirMuitos realmente metem o pau nesse sujeito (a maioria sem conhecimento de causa), mas também acho que ele é um escritor supervalorizado. Definitivamente ele não é tão bom assim.
Quanto ao fato da Madonna gostar dele, convenhamos, isso não é grande coisa - afinal ela também gostava do Guy Ritchie. rsrsrs
Ótimo texto rapá!
Estorismo e auto-ajuda vendido como sabedoria milenar não me agrada...
ResponderExcluirMas como disse o Gabriel, as parcerias com Raul são sensacionais!