quinta-feira, 3 de junho de 2010

Conto Sujos - Jogando Tudo - Parte 2


Se você não está acompanhando este conto, a primeira parte está logo aqui em baixo. Se está, manda bala na próxima:

Lá dentro deu de cara com luxo e esbanjação que nunca tinha tido na vida. O neon iluminava cada canto. Mulheres atendendo clientes apareciam de todos os lugares com taças e garrafas de espumante. Havia muito dinheiro ali. No fundo do salão principal, dois seguranças guardavam uma porta pequena e discreta.

Tommy nunca havia estado ali, mas não deve a menor dúvida de que era aquele lugar que estava procurando. Caminhou rapidamente entre as máquinas. Quando chegou de frente ao portal, foi interceptado pelas mãos dos seguranças. Os dois olharam para a face do rapaz duramente. A pergunta veio logo depois:

-o que você quer aqui garoto?
-quero jogar com os grandes...
-você não tem o que é preciso – o segurança analisou de cima em baixo Tommy
-é claro que tenho...

Tommy abriu a jaqueta levemente. De dentro, tirou um pacote recheado de notas. Ali, ele tinha pelo menos cinco milhas. Os seguranças trocaram olhares surpresos. Tommy colocou o embrulho novamente dentro da jaqueta e disse:

-agora abram essa porta e saíam da minha frente. Ou se preferirem, posso conversar com o dono disso aqui sobre a forma como estou sendo atendido...

Os dois abriram rapidamente a porta. Quando Tommy passou pelo portal, viu um outro grande salão. Uma nuvem de fumaça de cigarro tomava conta do ambiente. Várias mesas estavam formadas. Em cada mesa, maços de dinheiro eram apostados. Tommy se dirigiu a banca e trocou seu cacife. O crupier lhe entregou uma ficha. Uma nova mesa estava sendo formada. A número 37. Ele era o último a se sentar.

Caminhou em busca de seu assento. Os outros três já o aguardavam. Dois homens, em torno de 35 anos, e um mais velho, aparentando pelo menos uns 50 estavam sentados. Um crupier se aproximou e distribuiu as cartas. Ele foi curto:

-não se metam a engraçadinhos. Espertos aqui, voltam para casa sem nada

A primeira rodada foi péssima. Nada de jogo. A segunda idem. Pouco a pouco Tommy foi perdendo seu cacife. Havia confiado demais, pensara. Enquanto cada um enchia o bolso com sua grana, ia analisando cada jogador.

A noite ia caminhando. Depois de duas horas jogando, um dos jogadores da mesa o ironizou:

-é garoto, acho que você não vai ter dinheiro nem para voltar para casa. Vai ter que chamar o papai.

Tommy respondeu:

-é, realmente não sou bom nisso, e além de tudo nem sei jogar isso muito bem. Vim por que me disseram que eu poderia encontrar belas mulheres...

continua...

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