quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Contos Sujos - Jogando Bosta - Parte 3
Se você não está acompanhando este conto, as duas primeiras partes estão logo aqui em baixo. Se está, manda bala na última!
Os outros poetas chegaram a mesa onde Byron estava. O cheiro era realmente insuportável. Landon Vermal, outro representante do movimento sujo perguntou:
-Byron, o que está acontecendo? E que porcaria de cheiro é esse?
-não enche Landon – tombava a cabeça de um lado para o outro – tomei um porre, qual o problema?
-isso eu já vi. Mas parece que você se cagou todo.
Byron ficou irritado. Bebeu mais de meio copo de conhaque e respondeu com autoridade:
-Landon, eu não me caguei. Não tenho idéia de que cheiro é esse! O que sei é que a coluna no jonal ontem me cagou. Estou aqui pensando como eu vou resolver isso.
-resolveu?
-já. É por isso que tenho que ir andando. Já é tarde. Pague a minha conta, ou diga ao Melvin que quando eu vender um poema eu pago.
Enquanto falava, se levantava com dificuldade. Cambaleava. Tomou a direção da porta do bar, deu um último aceno para Melvin e saiu carregando sua bolsa. Landon, e os outros observaram enquanto se sentavam para iniciar o debate da noite.
Byron atravessou a rua ventando. Parecia que ia cair. Ficava em pé. Se escorava. A bolsa pesava. Ele se equilibrava. Viu, pelo lado de fora da livraria, através da vitrine, que pessoas discutiam lá dentro. Não teve dúvidas, Lee e Morgan estavam lá. Aumentou a velocidade dos passos e sem vacilar entrou na livraria como um trovão.
A porta bateu contra a parede. A roda de poetas se virou assustada e viu aquela figura que parecia claramente alterada. Lee só teve tempo para uma única pergunta:
-Byron, o que você está fazendo aqui?
Enquanto isso Byron já metia a mão em sua bolsa e desenrolava um jornal. Com um arremesso típico de um ex-jogador de beiseball, acertou a mesa onte todos estavam. O pacote explodiu, e uma substância pastosa se espalhou, atingindo todos. Byron se virou e foi embora correndo. O cheiro de fezes se tomou o ambiente, junto com o nojo. A coluna de Morgan e Lee estava grifada com tinta azul na folha amassada.
Eles haviam se esquecido que Byron sempre fora um cara muito literal
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