Claro, o primeiro argumento é que Osama é um criminoso internacional procurado responsável por um dos fatos mais tristes da história recente. Mas ainda sim, se tudo a partir de então passar a ser resolvido na bala, quem pode afirmar que a polícia do mundo amanhã não vai criar uma encrenca com nossa nação, detentora de generosas reservas de petróleo e recursos naturais.
Mais bizarro é a comemoração pela morte. Os direitos humanos foram colocados de lado. É óbvio que muitos vão apontar o dedo e dizer que um sujeito como Obama não merecia um julgamento. Mas se tudo for tratado desta forma, abrimos caminho para um novo tipo de relação diplomática pautada pelo medo e pelo peso das armas.
Não há como defender Osama. Mas também não há como deixar de lado o fato de que nesta guerra contra o exército de um homem só, muitos americanos perderam a vida. Muitos recursos foram gastos. Dinheiro vindo de trabalhadores e famílias que hoje, depois do golpe da bolha hipotecária, se encontram em estado de falência.
O certo é que não há mocinhos e nem vencedores nesta história toda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário