E os jovens de hoje fogem do cigarro igual o diabo da cruz. Têm preconceito e nojo de quem acende o maldito. São as milhares de substâncias tóxicas que poluem o ar, emitidas em sua maior parte por canos de descarga anatômicos e longevos. O cigarro saiu de moda, até Gisele Bündchen parou com o vício. E nenhuma figura pública quer ser vista dando uns tragos.
Em contrapartida, a maconha vem ganhando cada vez mais adeptos. Não são só os seguidores de Bob Marley; políticos, celebridades e estudantes defendem a legalização. “Maconha não é um problema de criminalidade, mas sim de saúde pública”, é o principal bordão utilizado pelas figuras públicas.
Agora passa reportagem sobre a legalização da droga até no Fantástico, e na novela das 8 ninguém acende um cigarrinho. Já vi amigos clamarem orgulhosos: “não fumo cigarro, fumo maconha que é natural”. Amigos da geração saúde, que cresceram imbuídos de ódio contra o tabaco.
Os fumantes hoje em dia são como leprosos, vivem às escondidas, se culpando por ter um vício nojento. A mídia bate tanto na tecla que as pessoas não conseguem mais ter libido por quem fuma. O inconsciente coletivo diz: “Se você gosta de cigarro, você é brochante.”
É claro que a divulgação dos malefícios é importante, mas a contrapropaganda está praticando um adestramento em massa, impelido por um Ministério da Saúde que, curiosamente, não se preocupa com a saúde das pessoas, mas sim com a redução dos gastos públicos para mantê-la. E os maconheiros de hoje perderam a patente de marginais para subir o pedestal de intelectuais e pessoas saudáveis. Estranho, muito estranho.
Arthur Viggi
Bom texto! Aliás, as ilustrações são as melhores. Obama com o cigarrinho de chocolate e o comediante de "Se beber não case" em uma de suas aparições mais polêmicas!
ResponderExcluirHá quanto tempo eu não entrava aqui! rsrs
Seja bem-vinda Jú, nós demos um hiato com o blog, mas estamos de volta. Obrigado pela atenção e fidelidade.
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