A bundamolice musical é um artifício estético e ideológico massificado na cena roqueira contemporânea. O panorama Pós-LOSERmanos reverbera essa tendência na concepção aurea mediocritas tupiniquim. Basta ligar os canais da moda adolescente e observar o quão encharcada está sua programação desses arquétipos: meninos fazendeiros/semi-filósofos – que fariam o cínico Diógenes no mínimo vomitar - e meninas neohippies/pseudo-mpb.
Pois bem, o fato é que o observador atento não consegue mais desvencilhar-se da “boa nova”. Essa standardização cristalizou-se em nossa produção musical de tal forma que a grande mídia criou uma espécie de ditadura dos “caras do bem”.Para fazer sucesso nessa nova safra do Rock cult e “cabeça”, meus amigos, basta seguir a trivial receita:
Letargia + Fatalismo + Algumas pitadas de pós-modernidade!
Deixe em banho-maria (para soar underground) e sirva frio!
Está pronto o novo conjunto genial, salvador da pátria Rock, durante um ano na MTV!
Para não repetir a velha máxima “O Rock acabou”, vamos ao que considero como ponto fora da curva! A quem ainda não conhece trago nesta matéria o sólido trabalho da banda gaúcha Superguidis.
Formada em meados de 2003, a banda está no seu terceiro trabalho discográfico e vem participando dos principais festivais de música alternativa pelo Brasil. A coroação veio no ano de 2010 com a apresentação no consagrado SWU. Sem querer criar categorias, nem buscar definições rasas, apenas pelas influências do grupo, segue abaixo o videoclipe da nervosa “Não fosse o bom humor”, música do álbum homônimo e recente. Tirem suas próprias conclusões!
http://www.youtube.com/watch?v=cC_wKVSgvJo
http://www.youtube.com/watch?v=vpLfckcfMJk&
Por Carlos Carvalho
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